quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Mother Encore Demo: Remake do primeiro EarthBound ainda sai um dia

Eu acredito que nada prova mais a força de uma fanbase pelo o quão ela pode se dedicar a uma franquia independente do que ocorra. Tem que ter uma muita força de vontade e amor pra criar um fangame de uma franquia já existente, impossibilitando qualquer ganho financeiro, apenas pra mostrar afeto por essa franquia. É ainda mais impressionante quando é uma franquia que o último jogo lançado foi em 2006 e não tem muita expectativa de um novo jogo.

Mais isso não é novidade pra franquia Mother, porque você sempre pode contar que seus fãs vão criar algo novo em nome da franquia (mesmo quando não parece saudável). 

Geralmente a atenção vai pro Mother 2 ou 3, ou até mesmo pra criar uma continuação não oficial. Mas ocasionalmente alguém lembra que antes de EarthBound, teve o primeiro jogo da franquia lá em 1989, no Nintendinho. 

Ocasinonalmente criam algo para o primeiro jogo, e quando digo ocasionalmente, é um bom bocado, só não é tanto comparado as suas continuações. Teve a versão comemorando o aniversário de 25 anos, que tá fazendo 10 anos em 2024, e ocasionalmente criam um hacks pra tornar o jogo menos maçante. Até tentaram fazer um remake/hack a uns 12 anos utilizando Mother 2 como base, que parece que alguém reviveu nesse ano...

Yeah!

Porém, não estou falando desse projeto, mas outro mais popular e mais ambicioso. É aí que conseguimos Mother Encore, a reimaginação do primeiro jogo que deve ser o máximo jogar, quando finalmente lançar em 2050.

Sério, essa coisa já foi anunciada a um tempo e não aparenta tá evoluindo muito.

Essa versão que estou jogando é a 0.3.0.1, então podem ter mudanças se a pessoa ter jogado uma versão mais antiga ou uma mais nova no futuro. 

Site oficial do jogo: Mother Encore

Pixels a mais fazendo a diferença

Mother 1 tem uma história até simples. Tudo começou com um casal no inicio do século XX, George e Maria, que acabou desaparecendo um dia. 2 anos depois, George retornou e Maria nunca mais foi vista. 

Pulando 80 anos no futuro, agora no ano de 1988, você é um jovem menino chamando Ninten. Como toda criança comum dos anos 80 no seu quarto, sua casa é atacada por um poltergeist e seu abaju tenta te matar. Você vence o abaju, mas desobre que o poltergeist está afetando a casa toda. Ninten salva as suas duas irmãs mais novas e ouve uma parte de uma melodia quando ele vai verificar uma boneca afetada pelo poltergeist, Ninten ouve parte de uma melodia, que não se entende exatamente o que raios foi isso que aconteceu.

 Ninten também agora tem poderes psiquicos como ler mentes, derrotar poltergeist faz isso.

Ninten ouve de seu pai através de uma ligação telefônica, que seu bisavô, o George mencionado anteriormente, pesquisava sobre esse tipo de coisa, e deve ter conteúdo sobre isso no porão. Ninten vai verificar o porão e encontra o diário de seu bisavô. Após ler algumas páginas do diário, Ninten desmaia e ouve uma voz o chamando, dizendo que deve encontrar uma concha em uma caverna , para que assim, a "verdade do mundo seja revelada!".

E o objetivo da demo é chegar nessa concha. 

A demo não é muito longa, umas três horas de jogatina você chega lá, o que é esperado considerando que ela só contém a primeira região do jogo.

Encore faz o óbvio, que é modernizar o jogo, e isso inclui pegar elementos futuros da franquia. Ao invés de os encontros serem randômicos, os inimigos aparecem no mapa e você começa um combate entrando em contato. Os pontos de vida e psiquícos (equivalente a magia) tem um sistema de rolamento que vai permitir que você possa se salvar de um ataque mortal se se curar ou terminar a batalha antes...

São esses tipos de mecânicas que quem jogou Mother 2 e 3 já conhecem. Ainda sim, tem umas mudanças e novidades.  

Correr não é igual a Mother 3, que controlar os personagens era como dirigir um carro desgovernado. Em Encore é só segurar botão e o personagem corre, para de segurar e ele apenas anda, o que é bem mais conveniente.

Também adicionaram um botão de ataque, que permite ao Ninten bater nos inimigos antes da batalha. Esse ataque é baseado no dano básico do Ninten, e serve como uma rodada a menos pro jogador se preocupar, e dependendo do inimigo, pode derrotá-lo e evitar a batalha por completo. Esse ataque também pode ser usado para destruir objetos no cenário. Não fazem coisas muito interessantes com ele e ele nem é usado fora do local onde ela é adquirida, mas ainda é um acrescento bacana.

Também adicionaram uma pena que permite a Ninten saltar em lugares específicos. Também não fazem muito com ela, mas ao menos ela é utilizada em mais locais além da onde você a pega.

Eles também não adicionaram aquela mecânica de ritmo de Mother 3, que precisava pressionar o botão de atque de acordo com a música tocando na batalha. Eu nunca fui bom nele, mas se tu era bom ou sente que tornava a batalha menos monotôna e mais engajante, tem esse contra.

Os gráficos são Mother 3 com esteróides, o que é em geral algo positivo, Mother 3 é um jogo bem bonito até hoje, com bastante charme, e o pessoal do Encore fez um excelete trabalho em entender a estética daquele jogo e transferir ela pra essa reimaginação do primeiro jogo, inserindo muitos mais detalhes e personalidade nos cenários. Acho que meu único problema é que eu acho que a estética mais "medonha" e menos vibrante do orginal, me agrada mais. Dava uma personalidade mais única pro jogo, provavelmente era mais efeito da limitação na paleta de cores no NES do que decisão artística, mas o resultado oferecia uma atmosfera mais tensa que não sinto nas continuações, ajudava mais na sensação de urgência com os aliens invadindo, pessoas sendo abduzidas, o fim da humanidade chegando.

O formato do mapa não mudou tanto assim, além de umas coisas que eu considero positivo como terem alterado o mapa principal pra ter caminhos que tenham um propósito e esconder itens, ao invés de ser um absoluto nada. A cidade alteraram a parte interna dos ambientes para ser mais agradável de explorar, o shopping por exemplo, você pode acessar todas as lojas de uma mesma sala, ao invés de subir vários andares de escada para chegar numa loja específica.

As dungeons também receberam algumas mudanças. Gosto da subversão de expectativa no cemitério. O local onde a Pippi estava presa no jogo original revela uma alavanca, que aos er acionada, abre uma entrada para uma caverna enorme a ser explorada. O zoológico não teve mudanças tão drásticas, tirando ter ficado mais linear e o Ninten ficar saltando por aí.

cemiterio é uma dungeon
Uma caverna gigante a ser explroada em uma cemitério. 
O combate como eu disse é bem simples, bater, se curar, usar itens, buffs de atributos... o básico.

Os inimigos tiveram uma repáginada  também. A aparência original deles não tinha envelhecido mal, mas o novo visual é bem vindo. Estranhamente, o cão raivoso é muito mais forte nessa versão se comparado ao jogo original, nem no level 20 você derrota um deles com o taque básico, e o ataque dele é até bem alto pro quarto inimigo que você vai encontrar no jogo.

Por enquanto tiveram dois efeitos negativos no jogo, envenenar e cegar. Cegar é mais óbvio que o personagem vai errar o ataque básico mais que o normal, veneno no entanto teve uma mudança interessante, ao invés de o personagem ir perdendo um pouco de vida com o tempo, o sistema de rolamento que faz sua vida e psique cair, desce mais rápido, dando menos tempo pra o jogador reagir.

Inimigos comuns não são muito interessantes de se enfrentar, geralmente é só um e quando é mais é o mesmo tipo de inimigo. Isso depende de como os inimigos estão posicionados no mapa e tal, mas dificilmente tão organizados de forma que vão ter inmigos distintos lutando. Pode ser exagero considerando que isso é o inicio do jogo, vão ter inmigos com habilidades mais variadas e companheiros que vão ter habilidades diferentes, mas as batalhas com o Ness no inicio de Mother 2 e o capítulo um de Mother 3 exigiam um pouco mais de variedade e eram menos chatos.

zumbi na batalha
Os mortos não vão descansar até arruinar a jornada do garoto

Um dos problemas no combate que eu percebi nos mestres, não é extamente difícil, mas a batalha contra eles é 90% ataque básico, e ocasionalmente cura, o último chefe da demo foge um pouco disso com a habilidade de chamar inimigos na batalha. Acho que em grande parte o incômodo vêm pelos chefe serem entupidos de vida, eu trocaria eles darem mais dano por eles terem uma barra de HP menor.

Também tornaram um dos inimigos do jogo original que era um fazendeiro raivoso em um chefe, e esse chefe é até fortinho e pode te matar se tu não tiver cuidado.

Uma pequena reclamação pessoal minha é que ao chegar no nível 20 com o Ninten, a Pippi não ganha experiência. Isso não importa pra 99% de quem vai jogar, mas pra quem quer entupir personagem de level como eu, tentar enfrentar o fazendeiro com a Pippi no level 1 é triste.

A trilha sonora sofreu umas mudanças. Considerando que o original era do Nintendinho e aquilo não era feito pra permitir música a não ser que você fosse um gênio, e mesmo assim, era extremamente limitado, isso era esperado.

Agora todas as músicas tem bem mais instrumentos e um som bem mais claro. 

Caso tenha interesse em ouvir como ficou, tem um canal do YouTube dos próprios produtores com a trilha sonora. É só clicar aqui.

Retornando as mudanças, fizeram várias relacionadas a acessibilidade, incluindo que o jogo tem trocentas linguagens diferentes, incluindo português, e não pegaram leve nessa área não. Até o nome dos estabelecimentos muda dependendo da linguagem que você escolher. Isso é dedicação.

Além de outras mudanças foram permitir que você escolha entre teclado e controle, o mapeamento das teclas e botões, até definir o tipo de controle que você tá usando (Microsoft ou Sony) pra os botões não te confundirem.

Tem umas outras coisas que não estou mencionando, mas o que estou tentando dizer, é... produtores tão se esforçando pra tornar jogar o jogo o mais confortável possível.

Num geral, o projeto tá fazendo boas coisas que eu estou gostando e espero que o essa fan remake seja concluido. Especialmente considerando que tão expandindo em certos áreas a historia ou alterando pontualmente em outras, e por enqunato, essas mudanças vem me agradando.

Meu maior poblema é que não estou muito confiante que vá ser concluido, e enquanto o projeto vai seguido seu rumo, a melhor forma forma de jogar Mother 1 ainda é a versão de 25 anos que também foi feita por fãs, já que a Nintendo não vai mexer nessa franquia tão cedo, podem apostar.

Time da demo

Obrigado a todos que leram esse artigo. Até o próximo.


segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Life: aliens são malignos

     

    Tava a fim de escrever algo e decidi falar sore um filme de horror que vi recentementente por nenhum motivo especial.

Life é mais um daqueles filmes de horror que ocorrem no espaço. Um cenário que eu gosto e acho perfeito pra filmes de horror, sem chance de escapotória, um ambiente bem propício a desastre, e cercado por um ambiente hostil a vida. 

Razão pela qual nunca quis ser astronauta. 

O filme é de 2017, teve uma produção até boa, incluindo alguns atores de peso como o Jake Gyllenhaal, Rebecca Fergunson e Ryan Reynolds. Yeah, o Deadpool foi completamente incidental quando fui assistir o filme.

 Ele não é um desses filmes de horror feito com 5 reais e uma gama de mascar chiclete.

 Então... o filme é bom? Yeah... dinheiro nem sempre é qualidade.

Como o título já deve implicar, os protagonistas, que são um grupo de seis pessoas numa estação espacial, encontram uma vida extraterrestre após a estação ter recebido uma chuva de meteoros. No inicio a coisa é as mil maravilhas, humanidade tá mega otimista sobre não estar sozinha no espaço, até que o desgraçado, cuja humanidade decidiu chamar de Calvin, se mostrou um completo de um filho da mãe e começa a matar a equipe inteira porque ele é mal, e toda vez que ele consome alguém, ele cresce bastante. 

Isso parece ruim, mas isso é porque não mencionei que ele tem tentáculos. Ohhhhh... agora tu sabe a bosta no que esses astronautas se meteram.

Daí o filme é eles sobrevivendo, enquanto tentam matar Calvin ou jogar ele pro espaço. 

 O filme não tem muito enredo. 

"O alenigena é mal e devemos matá-lo."

Os protagonistas nem demoram pra optar por matá-lo, não tem grandes discussões éticas, ou reviravoltas no enredo, depois ds 20 minutos de todo mundo feliz com o alien, o filme é isso.

Então se tu espera algo como Madrugada dos Mortos com uma mensagem foda™, esse filme não tem. A não ser que você considere que a mensagem seja os riscos de se ter contato com seres do espaço, o que eu acho que é dar mais mérito do que esse filme merece, considerando que ele meio que só faz o que todo filme com vilão monstro horrível faz.

Também não espere personagens cativantes, os personagens não tem muita personalidade e são bem simples, não tem muita história por trás ou coisa assim. Os atores fazem um bom trabalho num geral, mas nenhum deles se destacou muito em minha opinião também.  

A narrativa do filme também não é bem elaborada, lotado de conveniências. Calvin só chega onde ele chega por roteiro. Sério, a razão do sucesso dele é uns 10% ele sendo esperto, 20% a equipe de humanos sendo burra e 70% coisas convenientes acontecendo cmo probabilidades muito baixas, que só beneficiam o Calvin. O problema no plano dos protagonistas no final do filme, é puramente conveniência do roteiro, esse filme é um dos melhores exemplos de favorecer o vilão que já vi. 

Antes de continuar com as críticas negativas, ele tem coisas que da pra dizer que são boas.

É um filme bem produzido e com bons efeitos, apesar de não ser nada de original e a direção vocè já viu em basicamente todo filme lançado nos ultimos 10 anos. 

Não é um filme chato, tem sempre algo pra mover a trama pra frente acontecendo, e nenhum cena se estende mais do que deveria.

E acho que a coisa mais única, as mortes são horríveis, horríveis no sentindo que vocè se sentiria mal se seu inimigo morresse de alguma dessas formas. As mortes não são no sentido grotescos alá Jogos Mortais, eles são medonhas mais pro imaginário, você imagina e sente o desconforto que os personagens tão passando. Pra termos de comparação, a morte mais de boa é um cara com o alienigena enfiando os tentáculos dentro de sua cabeça, e sendo lançado no espaço uns 20 segundos depois. Se você assisti esse filme todo, você desejaria ser esse cara. As mortes não são as mais brutais que vi num filme, mas dá um desgosto bom, e a atuação dos atores ajuda nessa sensação, especialmente a do Ryan Reynolds.

Ryan Reynolds sobre aliens com tentáculos
Reação do Ryan Reynolds a aliens com tentáculos

Então se tu curte sofrimento, talvez esse filme seja uma boa.

Life é uma obra de horror meio esquecível com bons atores atuando, e um alien com tentáculos. 

É um bom filme pra assistir numa noite qualquer.

 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Pai do Chicken Little não é um Personagem Horrível


Conceito meio estúpido pra postagem, mas bora lá.


RELEMBRANDO CHICKEN LITTLE 

 

Eu não acho que isso aqui precisa de muita apresentação. É Chicken Little, foi a primeira tentativa dos estúdios Disney em fazer filmes 3D lá em 2005, após uma performance fraca que os filmes 2D vinham tendo nos últimos anos.
 

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Lufia & the Fortress of Doom (Restored) (não exatamente as impressões iniciais)

 

Sabe aqueles momentos que você está aleatoriamente pesquisando e se lembra de algo que você mal havia tocado no passado? Tu lê um pouco sobre ele, e pensa que pode ser interessante dar uma outra chance?
 
Esse é o meu caso com o primeiro Lufia,  um JRPG, lançado no SNES em 1993. 

Teve críticas elogiando os personagens e a história, então pensei em tentar novamente sem desistir nos primeiros 10 minutos.