quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Vamos navegar em Ib (RPG Maker - 2012)


Sim. Eu falarei sobre um jogo feito no RPG Maker, e sim, eu sei que o jogo nem é um RPG no final das contas. Por que eu escolhi esse jogo? Bem... Ele é curto, e eu decidi que seria uma boa ideia falar sobre um dos jogos mais populares do RPG Maker, que chegou a ser bem popular a uns 5 anos mais ou menos, numa época em que jogos de terror que eram produzidos nesses motores eram populares.

Caso não tenha entendido a parte dos motores, o que é possível já que RPG Maker não é algo que todo mundo conheça, você só precisa saber que ele é um conjunto de motores criados por uma empresa (que não direi o nome) cuja função é permitir que pessoas produzam seus próprios jogos de RPG, daí o nome do negócio, simples não?

Esclarecido esse assunto, vamos para o jogo em si. Ib foi um dos vários jogos de terror que saíram no período 2011-2015, anos esses em que esses jogos foram modas e conseguiram conguistar um considerável número de fãs e fama (e gerar vários nudes dementes na internet). Passada essa época, Ib saiu como um dos mais populares e amados jogos do gênero, e é normalmente aconselhado como um dos primeiros jogos a serem jogados por quem queira ter interesse em entrar nesse universo de jogos de terror do RPG-Maker. 

Jogos como Castelo Mogeko, Mad Father, The Witch's House, são alguns dos mais populares. Mas será Ib merecedor dessa posição de prestígio? Seria ele bom o bastante para estar ao lado desses outros jogos? E acima de tudo, seria ele um jogo que merece a fama que tem? Será que eu deveria avaliar logo esse jogo? Será que em algum momento irei parar de colocar mais questionamentos? Isso irá algum dia ter fim?


Uma simples ida a galeria pode ser uma experiência bastante desagradável





Tudo começa quando Ib e sua família decidem visitar uma galeria de artes, galeria essa que havia aberto uma nova exposição de um grande artista chamado Guartema. Quando chegam na galeria, os pais de Ib precisam lidar com a documentação no balcão para poderem ver a exposição (malditos documentos, ferram as nossas vidas até nos jogos).

Os pais de Ib pedem para a garota seguir em frente enquantos eles cuidam da papelada, não sei como a funcionária no balcão não questionou isso, mas tá beleza. Ib começa a andar pela galeria, observando todas as obras que estavam em exposição. Após um tempo, a garota se depará com um quadro enorme num corredor vazio e "tenta" ler (explico as aspas mais tarde) a descrição do quadro. As luzes piscam por alguns segundos, e depois tudo aparenta estar normal.

Mas como isso é um jogo de terror, é claro que algo ruim foi gerado por Ib ter lido a descrição daquele quadro, isso é bemmmm óbvio!

Quando ela volta a andar pela galeria ela percebe que todos os visitantes, incluindo seus pais haviam sumido, e não apenas isso, também começaram a surgir sons e eventos estranhos por toda a galeria, e como se não pudesse piorar a situação para a pobre garota, as luzes se apagam, e a garota se vê numa situação aterrorizante e ainda por cima estando sozinha.

Ib logo descobre que teria sido atraída para dentro daquele grande quadro que a levou a um mundo alternativo que seria uma versão doentia das obras de Guartema, se passando na própria galeria, mas em uma versão completamente distorcida sem nenhum comprometimento com a realidade.

Para sobreviver nessa realidade Ib precisaria de uma flor, que no caso dela seria uma flor rosa que representaria sua vida nesse mundo. Essa flor murcharia toda vez que Ib se ferisse, e caso a flor acabasse morrendo, Ib também morreria (isso é só uma justificativa para ter uma barra de vida, que nem em Dead Space, mas tá aí pra quem gosta que tudo tenha uma explicação).

Enquanto Ib tenta arranjar uma maneira de sair dessa galeria distorcida ela acaba encontrando outros dois indivíduos: Garry e Mary (esses nomes parecem ser de dupla de algum desenho da Hanna-Barbera), outras duas pessoas que também possuem rosas.

Juntos essa garotada da pesada terá de trabalhar em equipe se ainda quiserem manter as esperanças de voltarem ao seu mundo.

Ainda bem que apenas três dos visitantes dessa galeria foram na frente do quadro maldito e leram a sua descrição. Guartema deve ter feito ele ser uma merda de próposito para ninguém acaba entrando no mundo bizarro dele.

Eu não irei Spoilar o final do jogo, porque o jogo da um foco importante em sua história, e além do mais, a história não é ruim, porque se fosse eu diria tudo só para dizer o quanto ela é ruim, mas darei minha avaliação sobre ela, principalmente os defeitos.

O conceito da galeria, mundo alternativo, artista envolvido com coisas sobrenaturais; possuem um bom potencial, sério, o conceito de Ib é ótimo e criativo. Infelizmente o jogo explorou pouco esse conceito que possuía.

O jogo nunca vai a fundo na vida de Guartema, nunca é explicado as razões para suas ações, ou seu passado; ele nem mesmo tem uma participação relevante na história, mesmo sendo o responsável por esse mundo estranho em que o jogo se passa, seria fácil alguém terminar o jogo e nem lembrar do artista.

Esse não é o único defeito, outro defeito que pode ser considerado ainda pior são com os três protagonistas.

Ib:




Ib não tem quase nenhuma relevância na história, a não ser a garota que Garry e Mary ficam se preocupando no decorrer jogo, até no final do jogo ela ainda é tratada como uma garota frágil e boba que precisa ser sempre protegida, ela não tem muito a oferecer como personagem além disso, só algumas interações BEEMMM modestas e escolhas que o jogador pode fazer.

Não que Ib seja uma personagem ruim, ela é uma garota em uma situação aterrorizante, dando meio que uma justificativa para ela ser quieta e se manter dependente de pessoas mais velhas, mas se observar que ela parecia ser mais independente e capacitada no inicio do jogo do que no final, se percebe que ocorreu um erro na narrativa.

Qualquer pessoa que entende de narrativa sabe que o personagem tem que ter algum desenvolvimento ao decorrer da história, e o oposto ocorre com ela.

Lembra lá em cima quando eu disse que a principal coisa na história que envolve a Ib é ter o Garry e a Mary se preocupando com ela? Pois é essa preocupação é consideravelmente desagradável quando envolve o Garry.

Afirmo isso, pois Garry se torna aquele protagonista emo de animes que tem uma irmãzinha e sente necessidade de cuidar dela o tempo todo, quando o assunto é proteger a Ib, isso não é apenas irritante, como também prejudica o potencial de desenvolvimento da Ib como personagem, isso ajuda bastante no fato dela parece mais frágil no final do jogo do que na primeira parte, quando o certo deveria ser o contrário.

Esses momentos com Garry protegendo Ib são mais forçados do que deveria, a sensação que passa é que o criador do jogo se imaginou como o Garry nesses momentos e pensou: 

Criador do Jogo: Poxa nesse momento aqui a Ib tá com problemas, ela deveria lidar com eles da melhor maneira que pudesse, como já havia feito na primeira parte do jogo, onde ela foi completamente capaz de se proteger? 
Criador do Jogo: Claro que não. Ela precisa ser protegida pelo cara que ela achou caído no chão, e conseguiu se ferrar mais facilmente do que uma garota com Metade do seu tamanho, vai ser maneiro. 
Criador do Jogo: Mas o que devo fazer para o Garry parecer um cara legal quando for protegê-la? 
Criador do jogo: Bem se fosse eu, eu iria proteger ela sem pensar duas vezes, e diria algum clichê que veio de um daqueles protagonistas emos de animes que são maduros!!! Vai ser perfeito, ainda mais que o Garry já tem aparência de emo mesmo. Tá decidido. Vai ser assim mesmo. 
Criador do jogo: Caramba! Vai ser ótimo.

Eu entendo que a Ib meio que salvou a vida dele no inicio do jogo, e ele provavelmente deve sentir alguma necessidade de protege-lá por ela ser uma garotinha e ele ser mais velho e maior que ela, mas não dá pra aceitar isso sem se incomodar, é só observar os diálogos do Garry e se percebe algo errado no que está ocorrendo.

O problema desse conceito nem foi o Garry querer protege-lá, mas sim o fato disso fazer a Ib não se desenvolver e os diálogos dele serem bem genéricos e clichés.

Garry:


Garry além de ser o único homem do grupo, também é o mais velho dos três. Se fosse para comparar o Garry, seria com aquele protagonista emo de anime, não a uma comparação melhor do que essa.

Garry parece deprimido até quando "esta feliz". Ele não parece se preocupar com nada, exceto em alguns momentos em específico de perigo, ou que envolvam a Ib. Ele se veste como emo; os diálogos dele soam bem vazios; ele não demonstra ser muito expressivo até em momentos mais dramáticos; ele parece que quer sentar em algum canto e chora por horas até morrer ou algo assim.

Ele também tenta proteger e cuidar da Ib ao longo do jogo, algo que conceitualmente é legal e que tinha potencial, mas que acaba sendo prejudicado pela personalidade do Garry, que torna boa parte da veracidade da relação dos dois em algo sem muito impacto e que se vê em milhares de animes por aí.

Foi um grande potencial desperdiçado por parte do criador.

Em compensação Garry não é nenhum estúpido, não faz nenhum drama desnecessária no jogo, consegue empurrar manequins, e é capaz de ler o que Ib não consegue.

Sim isso foi tudo que consegui pensar de positivo nele.

Mary:





A Mary é uma jovem um pouco mais velha que Ib, ela inicialmente age como uma daquelas garotas alegres que não se preocupa com nada, bastante comum nos animes, mas depois ela demostra não ser tão ingenua como aparentava e que compreendia a situação ruim em que o grupo estava e que aquela atitude inicial foi apenas uma tentativa de se animar.

Diferente de Garry, Mary tem uma personalidade mais condicente com a situação em que estão encarando, a sensação que o jogo passa é que as falas dela tem mais o objetivo de tentar aliviar a tensão do que qualquer outra coisa. 

Mary realmente age como uma garota normal o que dá mais credibilidade a personagem, infelizmente ela é a que tem o menor espaço de tempo entre os três personagens no jogo, e acaba não tendo muito espaço para se destacar.

(Esses parágrafos abaixo contém spoiler!)



Mesmo no final do jogo quando se descobre que Mary não é uma pessoa real, e ela meio que age feito uma maluca, e uma psicopata também é claro. Ela ainda se mantém como uma personagem mais decente que os outros dois.

Mary tem uma ótima justificativa para atuar daquele jeito, ela está presa sozinha naquele local horrível e estranho há anos e ela não iria perder o que poderia ser sua única chance de sair de lá.

Além disso ela só poderia sair se Garry ou Ib tivessem de ficar presos em seu lugar, pois só é permitido sair de lá o mesmo número de pessoas que haviam entrado lá para inicio de conversa, e com certeza nem Garry ou Ib iriam perder suas chances de voltar para dar espaço para Mary.

Tudo bem eu concordo que ela age nesse momento como uma daquelas garotas sádicas comuns dos animes, o que não é bom porque essas personagens são ruins e estúpidas, mas tem uma razão para ela ter essa atitude, diferente dessas outras personagens em que existe várias possibilidades que não exigiriam tal atitude drásticas por parte das mesmas, e mesmo assim elas tomam esse rumo mesmo ele não fazendo sentido com o objetivo que elas buscam realizar.


É algo do RPG Maker



Como todo jogo de terror feito no RPG Maker, Ib funciona como um jogo de exploração e puzzles com elementos de terror, apenas mantendo a gameplay de quando se anda pelos cenários quando se joga um RPG de turno antigo, retirando assim: as batalhas; a experiência; os leveis, e o dinheiro.

Os movimentos serão apenas andar; pegar itens, e usar itens, controles bem simples de se aprender e acostumar que envolvem apenas as setas e mais duas teclas, tirando a tecla do menu.

Por que os caras usariam um motor que cria RPG's para criar jogos de terror. Da onde surgiu essa ideia? Bem... eu não sei. O RPG Maker é usado para criar vários jogos que não sejam algum RPG, eu só sei disso.

Mesmo não tendo sido a intenção dos criadores desses motores que ele fosse usado para fazer algum jogo que não fosse um RPG, as pessoas no final das contas fizeram isso, o que acabou dando certo e gerando uma gama de fãs e jogos.

O que isso tem a ver com a gameplay? Não muito só quis falar sobre esse assunto porque achei interessante.

Ib oferece vários tipos de desafios para serem feitos, caso o jogador queira terminar o jogo, mas adivinha? Todos são fáceis de serem feitos.

A verdade é que Ib é um jogo bem fácil de ser finalizado. As oportunidades para salvar progresso, os inimigos, as armadilhas, as puzzles; tudo é e foi feito para tornar a aventura num passeio no parque, serão bem poucas as ocasiões onde o jogador terá que se esforçar de verdade para lidar com algum dos problemas contidos no jogo. 

Os cenários são lineares, com poucas ocasiões oferecendo dois ou mais caminhos alternativos para poder se explorar, e mesmo nessas situações esses caminhos serão bem limitados.

É fácil perceber onde os itens devem ser usados, o criador não se esforçou muito para tornar isso num desafio, e os cenários lineares facilitam essa tarefa ainda mais.

As puzzles do jogo são simples e não irão exigir muito raciocínio de você, ou uma atenção absurda a detalhes do jogo, como se vê em vários jogos com puzzles por aí.

Mesmo que você falhe uma puzzle; ou seja acertado por um ataque, ou qualquer outra coisa parecida, a punição será perder um ponto de vida na maioria dos caso, o que não é muito se considerar que a Ib possui cinco pontos de vida(no caso do Garry sobe para 10 pontos de vida, mas pelo menos a situação dele no jogo exige essa quantidade) o que te da várias oportunidades de tentar de novo, além dos vasos de flor com água que estão pelo jogo e recuperam sua vida por completo que são bem presentes ao longo do jogo inteiro.

Os inimigos não são muito ágeis e nem intimidadores, além do fato de não serem inteligentes, o que torna fácil o trabalho de ludibriá-los.

As armadilhas são óbvias e fáceis de serem evitadas em sua maioria, mas a algumas que podem te pegar desprevenido caso não fique atento, porém como já dito, a punição será pequena.

Também haverá momentos em que o jogo tentará te assustar de alguma maneira: seja por eventos e sons estranhos ocorrendo do nada; inimigos surgindo em lugares e momentos inesperados; situações intensas onde você irá estar cercado por um monte de inimigos; ou ficar preso em uma sala onde à grande necessidade de fugir o mais cedo possível, pois tem algo de muito ruim contido nessa sala e essa coisa não é muito legal.

Esses eventos muitas vezes não irão te assustar, mas conseguem fazer um bom trabalho tornando o jogo mais interessante, e até mesmo acrescentando mais substância a gameplay, criando situações fora do normal que irão ser empolgantes e farão você jogar com mais entusiasmo. A quantidade desses eventos é razoável, mas teria sido bom que eles fossem mais presentes no jogo, já que esses eventos são o grande charme dos jogos de terror gerados no RPG Maker.

O jogo é bem curto e você provavelmente irá terminá-lo em menos de duas horas. Algo que irá servir para estender essa gameplay são os finais alternativos que o jogo apresenta. Serão sete ao total, mais algumas mudanças pequenas possíveis em cada um deles que não mudam muito as coisas e no final das contas nem são muito interessantes pra ser sincero.


A apresentação do jogo



O gráfico de Ib lembra a de um jogo de Mega Drive, esse tipo de visual se deve ao RPG Maker pelo formato dos motores. Não é á toa que todos os jogos do RPG Maker também se parecem com jogos que foram produzidos para funcionar no Mega Drive, tudo se deve ao motor. Lembrando que eles apenas se parecem com jogos de Mega Drive, eles não são iguais e possuem diferenças entre si.

O visual do jogo não é nem um pouco impressionante, a melhor parte dele esta na ambientação dos cenários, que também possuem suas taxas de erro graves. As únicas coisas bonitas no visual do jogo é o visual dos personagens e algumas obras de arte, o resto não se destaca nem um pouco. 

Os cenários em sua maioria serão escuros e quase vazios, esses cenários terão um visual bem simples e sem muita variação entre si, exceto perto do final ondo terá um cenário colorido; cheio de coisas, com um cenário que lembra a de uma cidade pequena feito no paint, o que significa que Guartema era um artista que usava o paint para criar algumas de suas obras e mesmo assim conseguiu uma exposição na galeria, o que pode representar duas coisas: Guartema soube usar o potencial desconhecido do paint (o que a imagem acima que parece ter sido feita por uma criança de três anos não demostra nem um pouco), ou os donos da galeria estavam aceitando fazer uma exposição de qualquer artista que aparecesse (o que parece ser o caso). 

Não há muita variação nas obras de arte esquisitas e medonhas do jogo, elas não variam muito além de manequins sem cabeça a quadros esquisitões, claro tem obras que fogem desses dois, mas são a minoria e você não irá ver elas tendo uma boa presença no jogo. 

O visual dos personagens é típico de personagens de animes de suspense e terror, Ib não ganha nenhum ponto em criatividade nesse quesito, mas eles pelo menos são bem feitos, não são incríveis nem nada, mas cumprem bem sua função.

A Trilha sonora



Em Ib a trilha sonora não possui muito destaque, e nem é muito presente, mas mesmo assim ela marca sua presença quando aparece.

Os sons de objetos se movendo e de eventos estranhos ocorrendo são muito bem feito e ajudam na imersão do jogador no mundo apresentado no jogo.

O principal destaque vai para as músicas quando ocorre um momento mais dramático no jogo, dando um clima bem mais intenso, e causando ansiedade ao jogador nessas situações. 

O momento em que o Garry fica preso em uma sala e precisa encontrar a chave antes que um monstro saia do quadro é o melhor exemplo da qualidade da trilha do jogo, onde ela tem um papel indispensável para causar uma sensação de desespero ao jogador. 

Conclusão



Ib não é nenhuma joia rara mesmo se comparando com outros jogos do gênero. É evidente que o jogo possui muitas falhas e possui várias ideias pouco ou mal exploradas que arruínam boa parte da experiência.

Claro nem tudo que o jogo faz é ruim, ele possui seus pontos positivos como a trilha sonora e os eventos incomuns ao longo do jogo, se tratando dos outros quesitos do jogo, o trabalho nele é pelo menos minimamente competente se tratando das puzzles; a ambientação; e os controles que são simples até demais, mas cumprem sua função. 

Ib não possui muito conteúdo para um jogador que busque uma experiência mais completa e desafiadora. Jogos como Mad Father e The Witch's House seriam mais aconselháveis para pessoas que busquem esse tipo de experiência nesse gênero de jogo, mas pode ser bom para quem queira dar o primeiro passo nessa área. 

A história falha em explorar o background de seus personagens, e até mesmo em criar algum em certos casos no final das contas. Não apenas isso como na própria história é possível observar problemas na narrativa, alguns até graves, principalmente relacionado a os seus personagens que podiam ter recebido mais esforço em suas produções. 

Ib é aquele jogo para se jogar em uma tarde e não mais além disso. O jogo possui um bando de falhas e nem se destaca tanto assim se comparado a outros jogos de terror do RPG Maker no quesito qualidade. 

Então por que ele é popular? Provavelmente por causa do conceito que a história possuía que era interessante e o fato que na época em que o jogo saiu animes melancólicos com personagens exageradamente dramáticos; emos; e personalidades psicopatas muito forçadas eram populares, e isso tudo existe em Ib, além é claro dos youtubers que tiveram um papel triunfal na divulgação não só desse jogo, mas de todos os jogos produzidos no RPG Maker, que sem os mesmos, provavelmente esses jogos não teriam nem metade da fama atual. 

Resumindo, Ib é um jogo que não é ruim, mas também não é bom. É apenas ok. 

Nota Final: 5.3




Nenhum comentário:

Postar um comentário