sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Me Desapontou em 2018




Finalmente o grande momento esperado chegou, eu finalmente farei a grande lista de piores coisas que tive o desprazer de conhecer em 2018.

Será uma jornada árdua onde terei que reviver os momentos terríveis que tive de sofrer, enquanto eu experimentava essas porcarias terríveis que não deveriam nem ter visto a luz do dia, na verdade nem a escuridão merecia essas atrocidades de tão sofríveis que elas são.

Tá! Algumas não são tão horríveis assim, uma parte só não me agradou muito, ou apenas não atendeu as minhas expectativas, não é bom generalizar.

Como eu sou preguiçoso, eu só irei copiar os requisitos da lista anterior e fazer alguns ajustes para encaixar nessa aqui.

Sempre prezando pelo melhor trabalho que posso oferecer para vocês.


sábado, 22 de dezembro de 2018

Me Alegrou em 2018




Eu deveria estar fazendo algo relacionado ao natal provavelmente, mas a verdade é que não consegui pensar em nada realmente bom para criar um artigo de natal, sim isso é vergonhoso, eu sei. 

Mas eu ainda precisava criar alguma coisa para não deixar o blog sem nada para o final de dezembro, e tudo que eu consegui pensar foi: 

- Ei! Eu deveria fazer um artigo sobre as melhores coisas de 2018 para mim, e um outro artigo sobre as piores.

E bem, aqui estou eu criando um artigo sobre as melhores coisas de 2018, que alguém irá ler em algum momento (eu espero) para só depois fazer um sobre as piores, para não ter ninguém reclamando que só sei criticar e ser mal com tudo.

Antes de começar, irei deixar claro quais foram os requisitos para as escolhas dessa lista para evitar confusões.


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Vamos navegar em Digimon Adventure (1999-2000)


Esse é o artigo em que finalmente irei falar sobre algo que não seja um jogo, e que escolha melhor que Digimon Adventure? Se você disser Pokémon... Olha, eu não estou muito afim de escrever sobre os 20 anos de tentativas e derrotas do Ash para se tornar um mestre pokémon no momento, então talvez na próxima (eu disse talvez).
  
Seguindo em frente com o assunto, falemos de Digimon Adventure, o anime que um bocado de gente guarda boas lembranças e até hoje se orgulha  por ele ter feito parte de suas infâncias, e que constantemente é chamado de plágio de Pokémon.

Vou falar sobre o assunto do plágio no inicio para poder seguir em frente com o anime sem preocupações.

Sobre Digimon ser um plágio de Pokémon, essa afirmação não é verdadeira, porém não é uma completa mentira também. Digimon foi baseado num brinquedo chamado Tamagotchi, onde você cuidava de um animal de estimação  virtual lançado pela Bandai em novembro de 1996 no Japão. Ele em seguida gerou um brinquedo parecido chamado V-pet(que se chamaria Digimon não muito tempo depois) que diferente dos Tamagotchis, ele focava mais nos combates, e num manga chamado Digimon Adventure V-Tamer que foi base para muitas características apresentadas no anime.

Fica claro que a origem de Digimon foi de um brinquedo de cuidar de bichinho de estimação virtual e não em Pokémon, e caso você  ainda esteja pensando que Tamagotchi seja uma cópia de Pokémon, e que isso seria possível, pois o primeiro jogo do Pokémon saiu em fevereiro de 1996, o que daria 10 meses para se criar os Tamagotchis, e já que Digimon surgiu do Tamagotchi isso ainda o classificaria como uma cópia. 

Primeiro erro nessa lógica é que a criadora dos Tamagotchis, Aki Maita, havia os criado em 1995(em 96 ele foi colocado no mercado, e não criado); segundo detalhe que você estaria se esquecendo, é que não se cria um brinquedo como o Tamagotchi e o coloca para vender da noite para o dia, tem várias questões econômicas; burocráticas, e de projeto envolvendo a decisão e a ação de produzir e colocar um brinquedo no mercado, e por fim o fato que a Bandai apenas começaria o plágio a partir do momento em que Pokémon provasse ser um sucesso absurdo e mostrasse que esse mercado de bichinhos virtuais tivesse um potencial absurdo a ser explorado(pois ninguém plagia uma ideia até que a mesma se torne um sucesso antes) o que reduziria esse prazo consideravelmente para a Bandai criar e colocar o Tamagotchi no mercado até novembro de 1996.

No caso da mentira, estava a referir-me ao anime, pois ele foi criado apenas por causa do sucesso do anime do Pokémon, isso é bem claro, eu não discordo, e até quem defende Digimon aceita isso, então, sem necessidades de criar tempestade em copo d'água nesse assunto.

Agora falando sobre as aventuras dos digimons digitais e dos digiescolhidos não digitais


As aventuras de Tai e cia, tão normais e agradáveis quanto o Tai demostra acima. 


A história de Digimon começa quando vários estudantes vão a um acampamento de verão, dentro desse grupo de estudantes estavam os protagonistas de nossa história: Taichi "Tai" Kamiya, Yamato "Matt" Ishida, Sora Takenouch, Koushiro "Izzy" Izumi, Mimi Tachikawa, Joe Kido, Takeru "T.K." Takaishi. Que como nesse tipo de história acharam que seria uma boa ideia se separar do resto dos estudantes para fazer seja lá o que(algo bom não devia ser ( ͡° ͜ʖ ͡°)).

Você tá pensando besteira nesse momento, eu sei, não seja tímido, todos que leram pensaram o mesmo.

Continuando com a história, em um dado momento começa a ocorrer uma forte nevasca do nada, lembrando também que o anime se passa no verão o que torna essa situação mais esquisita ainda, e as crianças acabam indo buscar algum abrigo para se protegerem, por uma incrível conveniência tinha uma casa ali perto vazia em condições perfeitas para eles se abrigarem, o Japão realmente me surpreende mais a cada dia, até casa vazia no meio do nada para pessoas se abrigarem de eventos naturais que ocorram sem nenhum aviso prévio eles tem lá.

Após uns 5 minutos, a nevasca acaba e quando as crianças pensavam que estava tudo resolvido e bem... BOOMMMMMM!!! Meteoros caem do céu e quase matam as crianças! 

Dentro deles não havia nada além dos digivices, que são os trecos que a criançada usa para evoluir os digimons caso você não saiba.

Como coisas estranhas ocorrendo uma após a outra já estava se tornando algo comum, nada mais normal que um buraco dimensional surgir do nada e levar à todos para o Digimundo, dando assim, início a toda a aventura maluca dessa garotada da pesada.

As crianças nesse momento começam a se perguntar onde estão, como fariam para voltar para casa, o quê raios seriam esses bichos bizarros que falam e querem matá-los. 

Vocês já entenderam o funcionamento do negócio, eu não preciso ser mais específico nesse assunto.

Nesse exato instante as crianças encontrariam algo que seria essencial para a jornada que começaria naquele momento.

Não. Não foram suprimentos de comida, armas, ou algum tipo de abrigo, porque se fosse isso, o Tai arranjaria um meio de fazer todos se matarem com as armas.

Não. O que eles encontraram foram nada menos que seus inseparáveis parceiros DIGIMONS!!!! 

AMIGOS QUE POSSUEM A CAPACIDADE DE EVOLUIR PARA FICAREM MAIS FORTE... uff... QUE OS AJUDARIAM A LIDAR NÃO APENAS COM OS INIMIGOS QUE ELES ENCONTRARIAM NESSA JORNADA... uff vamos lá eu consigo, MAS TAMBÉM A AUXILIÁ-LOS EM SEUS PROBLEMAS PESSOAIS E ASSIM ELES SERIAM CAPAZES DE RETORNAR AO... uff to quase acabando... só... mais... um pouco... SEU MUNDO E SALVAR A TODOS DO MAALLLLLLLL QUE HABITA O DIGIMUNDOOOoooooo...o uff, acabou finalmente.

Basicamente esse é o resumo de Digimon Adventure, as crianças vão perambular pelo Digimundo com seus Digimons e resolver todos os problemas que encontrarem, sendo todos esses problemas digimons que buscam fazer algo de ruim só variando o nível de crueldade que é de: Eu quero um pirulito, mas o meu amiguinho não quer me dar. Até o: Eu quero matar á todos porque, eu sou EDGY EXTREM!!! E causar dor é bom demais!!! Além da diferença de poder que varia de Goku no início da saga dos Sayajins, para Goku Super Sayajin 3 na saga Boo.  

Só isso basicamente, eu poderia entrar em maiores detalhes, mas aí isso ficaria longo demais tudo que posso dizer é que o Tai ainda quase mata a equipe várias vezes mesmo com os Digimons.



Os Digiescolhidos para salvar o Digimundo e a Terra, e também a única esperança de futuro para esses dois mundos (porque escolher crianças ao invés de adultos é sempre uma atitude sensata)


Taichi "Tai" Kamiya
Tai: AÍ NÃO!!! SOCORRO!!! TÓ SENDO LEVADO PARA A REALIDADE DE DIGIMON TAMMEEERRRRSSS!!! NÃÃÃOOOOOOOOOOOO!!!!!

O protagonista do anime e também líder da equipe dos digiescolhidos. Tai sempre busca ser um bom líder e manter a equipe unida e bem, infelizmente ele não é o que daria pra chamar de líder de respeito, o que talvez seja explicado por sua inclinação a seguir ideias nem um pouco inteligentes (eufemismo para estúpidas), e sua imaturidade que o faz disser e agir de maneira que muitas vezes irá causar algum problema a ele ou a equipe. 

Além de ocasionais dramas bestas que ele tem com a equipe, principalmente o Matt, e um desenvolvimento que força um "pouquinho" a barra e que é meio ineficaz mais para a parte final do anime, e que ainda é o único que o Tai tem (eu não conto aquele momento na pirâmide porque o Tai continuo o mesmo depois daquilo). Tai ainda consegue ter seus bons momentos (nem tantos assim, mas pelo menos os ruins não são tão presentes assim também) em que o personagem é bem utilizado na drama, como no momento do anime em que ele acaba retornando sozinho para o mundo humano, e precisa lidar com o dilema pessoal de não voltar ao Digimundo, abandonar seus amigos, e ignorar os problemas que as anomalias ocorrendo no Digimundo estavam causando na Terra; ou voltar ao Digimundo, se arriscando a talvez nunca mais voltar ao seu mundo, e abandonar sua irmãzinha doente no processo. 

Esse é um ótimo momento do personagem e mostra que os roteiristas podiam ter feito feito um trabalho bem melhor com o personagem ao longo do anime, provando que ele poderia ter sido um personagem muito melhor que um idiota que caí em vários truques bem óbvios.

Ok. Todos os personagens do anime caem em truques imbecis, isso não é uma característica única do Tai, mas nem por isso ele se torna isento de críticas nesse quesito.

Yamato "Matt" Ishida
Matt: Vou sair para tocar minha gaita, enquanto penso no vazio que é minha vida e  na razão de nossa existência frágil e insignificante.
Matt é o segundo personagem principal na equipe, ele é o cara sério que busca  sempre questionar as decisões de Tai quando as mesmas envolvem o rumo a ser tomado pela equipe, o que fica constantemente gerando discussões entre os dois por causa principalmente de Tai com suas decisões muitas vezes insensatas, e de Matt que sempre está sempre zelando pela segurança de seu irmão mais novo.

Ele também toca gaita em alguns momentos, o que faz ele parecer um emo, caso isso possa parecer importante.

Matt vem de uma família  onde seus pais se encontram divorciados, e onde cada visita a seu irmão, T.K., que mora com a sua mãe, são consideravelmente poucas. Isso causou a Matt uma necessidade de sempre querer se demostrar útil para com as pessoas ao seu redor e principalmente para si mesmo, tudo para não ficar se sentir sozinho o que gera a personalidade agressiva e protetora que ele tem ao longo do anime.

Esse background na história do Matt acrescenta bastante ao personagem e explica bastante as razões das atitudes do personagem na série, até mesmo algumas das imbecis, como as briguinhas com o Tai e seu desejo de proteger T.K. (cadê as suas justificativas para seus erros Tai???), porém, nada justifica aquele momento EDGY no final do anime. NA-DA, ABSOLUTAMENTE NADA, nesse mundo justifica aquilo. Uma coisa é o cara ser "meio edgy", como o Matt acabou sendo por boa parte do anime, outra bem diferente é ser EDGY EXTREM, como ele acaba agindo na saga final.

Pelo menos ele possui um desenvolvimento relevante nessa situação ao menos.

Sora Takenouchi
Sora: Só estou pensando em mais maneiras de cuidar de todos, pode voltar a ler o artigo.
Sora é como a mãe da equipe, ela sempre está tentando ajudar e ser compreensiva com os problemas dos outros membros, muitas vezes ignorando os seus próprios. Claro ela também se diverte e brinca com os outros(ela é uma criança, ora bolas), mas ela sempre tem tempo e arranja condição para ajudar o resto do pessoal mesmo assim, uma atitude bem nobre em minha opinião.

A Sora tem um desenvolvimento razoável ao longo da série, não é como se ela fosse uma pessoa com muitos defeitos no final das contas, mas ela ainda possui seus devidos defeitos que são comuns a qualquer pessoa normal com suas primeiras impressões errôneas e ingenuidade comum de uma criança( ela não é uma Mary Sue). As únicas críticas quanto ao seu desenvolvimento que eu tenho é do final do anime com a questão dela colocar pressão demais em seus ombros na questão de cuidar da equipe. Antes que me encham com críticas saiba que eu não estou criticando o conceito, esse conceito é um dos melhores do anime, um desenvolvimento pessoal em cima de outro desenvolvimento pessoal que em alta dose desvirtuou bastante o personagem com o tempo, isso é ótimo para uma narrativa e considero triste que ocorra bem menos nas histórias que surgem por aí do que deveria, mas a maneira que foi colocada em prática que deixou a desejar. Essa questão até evoluiu naturalmente no inicio, mas seu ápice e encerramento se deram por causa de uma escuridão estranha que SURGIU DO NADA e podia poluir a mente da pessoa com pensamentos negativos que fossem engolidas por essa escuridão, de novo sem explicações, e que no final das contas esse desenvolvimento da Sora não teve impacto nenhum na drama. Isso provavelmente é mais um problema na narrativa, do que no desenvolvimento pessoal da Sora, mas ainda foi um desperdício absurdo e desnecessário.

Tem uma única situação envolvendo a Sora que realmente me incomodou no anime e até hoje eu tento entender. POR QUE ela não revelou o plano do Myotismon para acabar com os digiescolhidos para o resto da equipe no meio da série? Foi apenas porque o Myotismon disse que a Sora era incapaz de amar porque a mãe dela não deixava ela jogar futebol? Sério!? Apenas isso!? Toda criança tem em algum momento da vida os pais lhe proibindo de fazer alguma coisa que gostem, e nenhuma delas fica enchendo que é incapaz de amar caramba!! E além do mais como isso atrapalha ela de revelar o plano? Não. Sério como?? Eu quero muito saber. E isso nem é a pior parte, a pior parte é que nesse meio tempo em que ela podia ter revelado o plano, ela tava ajudando o pessoal de maneira discreta, o que gera uma curiosidade estranha. Ela ajuda os seus amigos discretamente em seus problemas individuais sem ver nenhum problema nisso, mas em nenhum momento pensou em revelar o plano que envolvia ACABAR COM SEUS AMIGOS que estava ocorrendo. Me desculpem mas, isso eu não consegui engolir nem um pouquinho.

AH! já ia me esquecendo. Nesse momento do anime teve um momento em que Joe e Matt estavam sendo enganados por um digimon que era dono de restaurante (Sim. Digimons possuem seus próprios negócios) para trabalharem de graça, e adivinha? A Sora sabia e não contou para nenhum dos dois, e para melhorar a situação Matt havia deixado T.K. em um parque para poder explorar a região, Matt encontra Joe e acaba se metendo no mesmo problema dele, e é obrigado pelo dono do restaurante a "pagar a dívida do Joe" ou um "acidente" poderia acontecer com o mesmo, obrigando Matt a ficar no restaurante para ajudar o Joe. 

Ok, essa parte não é culpa da Sora, e sim do Matt. Se um cara ameaça ferir um amigo seu exigindo que você abandone seu irmão pequeno em troca, você não simplesmente aceita o pedido, você iria digievoluir o seu Gabumon para Garurumon para estraçalhar o sujeito. Claro, o dono do restaurante é mais forte que o Garurumon, mas o Matt não sabia disso naquele momento, e o dono do restaurante nem parecia ser grande coisa visualmente falando.

Continuando. No final das contas, T.K. fica sozinho, mas adivinha quem poderia ter falado para o garoto sobre a situação em que o irmão estava ou melhor ainda, levar o garoto para o irmão mais velho, mas não fez nenhuma das duas? A SORRAAAA!!!!!! Não tenho mais nada a dizer, e encerro esse assunto aqui.

Uau, eu realmente escrevi bem mais do que deveria sobre a Sora. Melhor continuar com outro personagem logo.

Koushiro "Izzy" Izumi
Izzy: Sabe o Google? Criei e vendi por um dólar para uns caras qualquer só pra dizer que posso. Eu podia ser bilionário hoje! POR QUE EU FIZ ISSO?! POR QUUUÊÊÊÊÊ ???!!!
Izzy é o nerd da equipe, é ele quem faz as descobertas sobre os mistérios do Digimundo e sabe lidar com todo tipo de tecnologia, tudo isso com 10 anos apenas, e você não sabe mexer nem no Word. 

Izzy possui problemas para se relacionar com as outras pessoas e sempre que pode fica mexendo com algo no Digimundo que lhe chame a atenção, tudo para saciar sua curiosidade, essa mesma que chegou até a protagonizar o assunto de uma trama boba e estranha em um episódio, que gerou no final uma digievolução perfeita... Foi uma aventura simplesmente aventuresca e esquisita.

Já de início devo dizer que Izzy apresenta um dos melhores desenvolvimentos da série toda. Izzy consegue com o passar do tempo se abrir bastante com os outros membros e também começa a participar mais das conversas e brincadeiras, começando a se comunicar mais, a rir mais, a se preocupar mais com a situação em que os outros passavam, tudo isso de uma maneira tão natural que sem perceber você verá ele fazer tudo isso sem ter se dado conta.

Outra questão envolvendo o Izzy foi descobrir que tinha sido adotado pelos seus pais. Um escritor ruim faria seu personagem fazer uma birra tremenda dizendo como o mundo é injusto e se lamentaria por não saber qual é o rumo de sua vida, mas não menino Izzy. Menino Izzy é bom demais para se juntar a essa gentalha, menino Izzy se incomodo com a notícia e isso reflete em suas ações, porém menino Izzy não se deixa abalar pela situação, e como o esperado, ele resolve tudo apenas com uma boa conversa madura com seus pais adotivos, com direito até a final feliz. Viram como uma boa conversa é muito melhor que um drama exagerado e retardado ainda por cima? Se viram tá tudo bem então. Só reclamaria que ele não possui tanto destaque na parte final da série como o resto da equipe, mesmo que no caso de alguns esse destaque tenha sido questionável.

Mimi Tachikawa (Sim o nome dela é Mimi, você leu certo)
Mimi: Uau, alguma coisa fofinha e brilhante lá naquela caverna assustadora. Vou lá dar uma olhada.
Mimi é a garota inconsequente e mimada da equipe, mas que ao mesmo tempo, também consegue ser a mais inocente e a mais sensível de todos.

Mimi ficará boa parte do anime pensando e reclamando sobre a situação em que esta (ela é aquela personagem chorona e chata), e fará muitas burrices por causa de sua ingenuidade, causando em alguns casos problemas e incômodos aos seus amigos.

Mimi tem origem em uma família rica e sempre foi mimada pelos seus pais surgindo daí a sua personalidade mimada do início da aventura. Com o passar do tempo Mimi começa a se preocupar menos consigo mesma, e mais com seus companheiros e o mundo ao seu redor chegando até a se sentir muito incomodada com a situação do Digimundo e os digimons que vivem nele, começando até a criar desgosto por qualquer tipo de violência em um determinado ponto do anime. 

O desenvolvimento dela funciona como o de praticamente todo o resto da equipe, exceto o de Matt e o de Tai que só começam a ter algum desenvolvimento de verdade no final do anime. Ele flui bem no início do anime e no final ele começa meio forçado e flui mais rápido do que devia. Quando eu afirmei que a Mimi tinha criado um desgosto pela violência eu não mencionei que ela simplesmente veio com essa ideia do nada em uma conversa, até da pra concordar que a situação que o grupo estava lidando naquele momento era ruim, e quedava pra encaixar essa decisão na personagem, mas ela simplesmente veio com essa ideia de não querer mais lutar sem em nenhum momento se manifestar mesmo que de maneira discreta a essa ideia antes desse momento é algo difícil de aceitar, no entretanto, pelo lado bom a partir desse momento a Mimi teve um bom desenvolvimento que a fez refletir no que iria fazer enquanto tentava ajudar quem pudesse de uma maneira não agressiva. Foi um caso de desenvolvimento mal colocado que no final conseguiu ter um bom desenrolamento na drama.

Joe Kido
Joe: EU NÃO SOU COVARDE!!! Apenas não quero me "arriscar demais".
Joe é o membro mais responsável e maduro da equipe, porém ele também é o mais reclamão e covarde desconsiderando o T.K., um garoto muito mais novo que ele. 

Joe fica constantemente alertando sobre alguma possibilidade de perigo em quase tudo que a equipe faz em sua jornada ao longo do anime, ficando muitas vezes descrente consigo mesmo por não conseguir manter a equipe em segurança, sendo incapaz de guiá-los nessa aventura mesmo sendo o mais velho da equipe. 

Ele não se torna o líder exemplar que sonhava, mas pelo menos deixou de ser covarde e reduziu para um nível não irritante os choros que adora fazer quando algum problema surgia com o passar do tempo. 

Ele é basicamente como o Kuririn.

Joe também tem um problema com o seu pai colocando pressão para que ele fosse médico, onde no final das contas ele busca virar médico mesmo, com direito até a tentar dar uma de médico na última saga até, o que não foi muito relevante no final das contas.

A série não é muito bondosa com o Joe, ele meio que não faz muita coisa relevante e por isso provavelmente você só lembrará dos momentos em que o Joe ficou reclamando ou chorando.

O que estou dizendo? Os digimons fazem todo o trabalho difícil, enquanto as crianças ficam reclamando sobre os seus problemas pessoais, os digimons ficam lá batalhando pra salvar o Digimundo, e proteger essas crianças birrentas e chatas ainda por cima.

Takeru "T.K." Takaishi
T.K.: Eu sou muito corajoso, pare de me tratar como um bebê.
Matt: Olha lá. Uma aranha.

T.K.:AAAAAhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!
T.K. é um moloque chato bem irritante e mega chorão que fica o tempo todo enchendo o saco sobre querer voltar para casa. Ele ama ser babaca com todo mundo que não dá o que ele quer e por fim sempre fica berrando para o Matt aparecer e salvar o seu traseiro da reta. 

Resumo: tem tudo para ser "o melhor personagem".

Ele ainda possui um desenvolvimento melhor que o do Tai.

Ele apenas deixa de ser irritante apenas após já ter se passadomais da metade do anime inteiro, antes disso, ele não muda porcaria nenhuma basicamente, ele só vai ficando mais quieto gradualmente, mas acreditem, ele é muito birrento quando algum problema afeta ele.

Agora que eu já bati demais no T.K. do início do anime, irei falar do T.K. da segunda metade.

Ele não melhora muito no final das contas. Sendo justo, ele deixou toda essas características negativas dele que o tornavam um personagem detestável, exceto que ele continua um babaca quando alguém faz algo que ele não gosta.

Mas ele ainda não faz nada de útil no anime até o finalzinho dele, e nem é uma participação tão relevante assim, nesse quesito ele é tipo o Joe, só que possui mais espaço na tela, mesmo não merecendo.

E não, enganar o Pinocchimon não conta. Desde quando passar a perna em um vilão imbecil e estúpido é algum tipo de mérito?

Ele é um péssimo irmão, ele diversas vezes tem briguinhas bestas com o Potomon e os outros por qualquer bosta que ele ache importante, e seu desenvolvimento se resume a abandonar seus defeitos, mas não colocar um único positivo no lugar.

Moleque detestável. Até sinto pena do Matt por ter que aquentar esse troço.

Kary Kamiya
Kary: Então Sr. Fantasma pode puxar a perna do meu irmão quando ele estiver dormindo pra assustar ele? É porque ele acha isso uma experiência divertida.
Kary é a única pessoa na equipe que só vem a aparece apenas muito mais tarde no anime, sendo assim a oitava digiescolhida.

Ela é uma garota doce e gentil que busca não ser um incomodo para seu irmão, enquanto tenta ser a mais útil que for possível mesmo que as vezes esse altruísmo a faça cometer erros estúpidos, como se descuidar da própria saúde por exemplo.

Na sua primeira aparição, Kary ainda não é apresentada como uma digiescolhida, mas sim apenas como a irmãzinha doente do Tai que inicialmente aparece apenas para criar mistério e dar mais história e profundidade para o Tai, o que não funcionou muito bem no final das contas.

Você que está se perguntando quantas vezes ainda vou zoar o Tai nesse artigo, não se preocupe, ainda estou com combustível o bastante para até o fim do artigo.

Além de ser a irmã pequena do Tai, Kary também possui um tipo de "habilidade espiritual com os digimons" que a permite se comunicar com "espíritos digimons" e receber informações para auxiliar os digiescolhidos em sua jornada, com direito até a possessão em um caso.

A origem de tal habilidade nunca é esclarecida, como também nunca é explicado o que seriam esses "espíritos" cuja Kary estabelece contato. O que ocorre é que o espectador é levado a acreditar que esses eventos são importantes para o desenrolar da história, o que acaba não sendo verdade, já que esses eventos são deixados de lado no final do anime.

Kary é uma personagem que deveria ser amada e apreciada pelo público, mas que infelizmente não acabou sendo seu caso. Dentre os motivos estão:

sua falta de desenvolvimento que não pode ser apenas justificada com: "Ahhhh, mas ele apareceu mais tarde, não dava tempo de desenvolver."

Eu respondo que sim, dava. Teve personagens que conseguiram ter algum desenvolvimento ainda nos dez primeiros episódios da série, a Kary teve pelo menos uns 20 episódios para se desenvolver e não teve nada, não tem desculpas para isso.

Outro problema foram suas habilidades de se comunicar com os "espíritos" e os seus conhecimentos de fatos que ninguém entendia ou tinha noção que existia. Como tais atitudes acabam nunca sendo devidamente explicadas da maneira que deveriam, isso da a impressão que a Kary é uma garota esquisitona e estranha, quando isso poderia ter sido visto como uma característica bacana da personagem, se tivesse recebido o devido tratamento.

E por fim talvez o pior problema da personagem: Ela é boazinha demais.

Eu não sei vocês, mas não me agrada quando uma personagem acaba sempre sendo gentil e sempre fica firmemente acreditando na capacidade de seus companheiros quando estão em apuros. Faltou a personagem aqueles defeitos comuns que geram momentos de reflexão e de humor para dar mais credibilidade a mesma.

De resto a Kary é uma personagem ok, não é amável e também não é detestável, ela apenas existe.



Os Parceiros Digimons


Os indivíduos que realmente fazem todo o trabalho nessa bodega toda, companheiros de nossos verdadeiros heróis.
Sendo sincero nesse instante.

Mesmo os parceiros digimons sendo basicamente os responsáveis por todas as vitórias nas lutas e tendo participação no anime desde o primeiro episódio, eles realmente não possuem muito destaque no anime. Por exemplo, a melhor coisa que receberam foi uma história de origem explicando suas vontades de se tornarem parceiros de Tai e cia e de como vieram a surgir, mas essa história além de rasa, ela também da brecha para muitos questionamentos, e ainda gera a sensação que essa explicação foi apressada demais (como toda a saga final devo dizer), ela toda ocorre em um episódio apenas, de um anime com 54!

Mas eu irei gastar parte do meu artigo com os parceiros digimons, porque eles são realmente legais e bacanas, não apenas porque possuem um visual legal ou por causa que eles lutam com outros digimons, mas sim porque eles realmente tentam ajudar as crianças a lidarem com os desafios no digimundo, não apenas lutando, mas com conversas simples de apoio ou para descontrair, e eles não param aí, os parceiros digimons também auxiliam as crianças a lidarem com seus problemas pessoais, como verdadeiros amigos fariam.

Os parceiros digimons realmente possuem um amor e uma preocupação genuína pelas crianças, e isso me irrita, porque esses digimons não receberam nem um nome próprio para eles.

Os fanboys de Pokémon e Digimon devem tá falando:

"Ora, mas não tem motivos para eles terem um nome próprio. Eles são só Digimons."

Vocês acham que as pessoas que possuam algum animal de estimação, que são os seres mais próximo de um Pokémon ou Digimon não colocam um nome para poderem se referir ao bichinho? Porque o veem como algo especial em relação aos outros animais da mesma espécie???

Ou melhor ainda, se for para falar apenas dos digimons, em um mundo cheio de seres capazes de falar nossa língua e pensar racionalmente, não seria estranho que ninguém possua um nome próprio???

Tipo, como exatamente funcionaria uma conversa com um grupo cheio de Piyomons? como funcionaria uma conversa entre eles?

Ela seria algo parecido com isso: Piyomon vá buscar água para Piyomon. 

Agora imagine um cenário com 8 Piyomons, agora pense como caralhos os outros sete vão saber quem foi que recebeu esse pedido e para quem deve ser entregado.

Os fanboys de Pokémon e Digimon vão dizer:

"Ué?! Eles só precisam perguntarem para quem esse Piyomon se referiu, nada demais."

Como esse Piyomon vai saber para quais Piyomons ele se referiu??? São todos iguais! E já que todos são referidos como Piyomon, ele não vai poder dizer para quais Piyomons ele se referiu, ele apenas vai escolher outros e fingir que foram aquelas para não passar vergonha, isso se não der confusão novamente.

Fim da conversa.

É claro que numa conversa real com um fanboy de Pokémon ou Digimon, eu teria de lidar com alguém que ficaria disposto a ficar o resto de sua vida tentando me convencer que um nome próprio é desnecessário até eu perder a vontade de tentar convencê-lo, e depois ele se consideraria o vencedor da discussão, mas imaginem essa conversa acima como algo que pode existir na realidade, só imaginem para entenderem que o meu ponto é que, em uma sociedade com seres racionais, seria uma grande problema para se referir a um indivíduo em específico sem um nome próprio.

Isso deveria ter sido uma simples discussão sobre os parceiros digimons, mas se tornou a importância do nome próprio.

Resumindo: Gabumon, Piyomon, Tentomon, Palmon, Gomamon, Patamon e Tailmon são digimons legais e verdadeiros companheiros que mereciam mais destaque do que acabaram recebendo. Não me encha o saco sobre o Agumon, ele é estúpido e idiota, e só arranja problema para os outros. A única coisa boa nisso tudo é que ele combina perfeitamente como parceiro do Tai.



Como funciona esse anime?




Digimon Adventure é um anime de aventura, mas também possui lutas de monstros e dramas pessoais.

Ele não possui nenhum mistério em seu formato, em geral ele vai funcionar assim:

As crianças estão andando por aí com seus digimons num lugar estranho, vão estar provavelmente reclamando de estarem com fome e de quererem retornar para casa.

Depois eles descobrem algum problema que vai envolver no final das contas um digimon do mal (sempre será assim), e será mostrado de uma maneira bem explícita como ele atormenta os digimons inocentes.

Após tamanho ato de crueldade, será explicado aos nossos heróis, como veio a começar essa situação cruel e "desdigimon"(acredito que isso seja o termo para desumano para os digimons), em que os pobres moradores da região tem de lidar diariamente, enquanto, ao mesmo tempo falam como a vida era maravilhosa antes, tipo esses idosos que reclamam de como tudo hoje em dia é terrível, se comparado aos seu tempos de juventude.

A luta irá se resumir a vencer algum monstro poderoso, que exigirá alguma digievolução por parte de um ou mais dos digimons parceiros dos protagonistas. Isso irá gerar uma luta de qualidade bem... +ou- (explico isso detalhadamente mais abaixo) que será apenas vencida quando alguma das crianças tiver algum desenvolvimento pessoal que irá gerar alguma nova digievolução, depois disso, o monstro perde e todos ficam felizes.

O povo da região irá agradecer a os digiescolhidos, e os mesmos irão continuaram sua jornada, para repetir todo esse processo no próximo episódio.

Agora minha grande explicação sobre a razão das lutas não serem boas:

Imagine um jogo de futebol onde o Brasil seja um dos times. Depois disso, imagine que o jogo saiu bem disputado, mas com uma leve vantagem para o Brasil, e como em um jogo normal em um dado momento, o Brasil vai tentando marca um gol, mas acaba falhando miseravelmente.

E depois desse show de fracassadas dos jogadores do nosso brasilzão o outro time começa a agir como se estivesse brincando o tempo todo e começa a fazer a bola entrar no gol brasileiro à cada menos de 5 minutos. Sim. Igual ao jogo contra a Alemanha, muito bem lembrado.

Os jogadores nesse momento ficariam parados pensando:" já era, deu ruim." Para depois ficarem chorando e tentando justificar o vexame que foi o jogo. Mas eis que nesse momento a notícia que a namorada de David Luiz (capitão do time do Brasileiro na época) daria a melhor noite de sua vida, se o garoto ganhasse, faz o rapaz estímular o resto do time a acreditarem na vitória, e no final, eles jogam melhor e vencem o jogo.

Você ainda deve estar se questionando aonde está o defeito? Simples, tanto o Brasil quanto a Alemanha jogaram mal o jogo inteiro nesse exemplo, a única diferença é que foram de horríveis para ruins no final do jogo. Os passes foram horríveis, os chutes à gol foram sem emoção, não tinha estratégia de jogo; tudo que aconteceu foi que um jogou tão mal em relação ao outro, ao longo do jogo inteiro, que ninguém percebe que ninguém jogou bem no final das contas.

Digimon é só os digimons se atacando sem estratégia nenhuma com golpes sem graça a série inteira, mesmo com monstros fortes, as lutas continuam sem graça e a mesma coisa.



A Realidade de Digimon


Com essa imagem da pra jurar que o Tai tá dentro daquela geladeira.
O visual de Digimon Adventure é bem simples, nada é muito bem detalhado. É tudo simples e de qualidade que deixa a desejar bastante, principalmente em momentos com erros de animação, quando membros do corpo somem em algumas ocasiões, ou expressões bem mal feitas, ou quando a câmera está longe do personagem e o mesmo está com um visual de coadjuvante de algum jogo do PS1, ou efeitos especiais meia boca, ou  vários outros motivos que não estou afim de falar, porque isso seria chato e desnecessário.

Isso não significa que o visual da série é ruim, é claro a questão da animação deixa muito a desejar, mas a direção de arte no entanto é bem agradável e única de certa forma. Com certeza é possível reconhecer Digimon Adventure apenas olhando por alguns instantes, e é muito bom quando um anime busca fazer isso para não parecer mais um desses animes genéricos que tem aos montes por aí.

Não só isso, mas a arte de Digimon proporciona uma boa identidade aos personagens, todos os protagonistas possuem estilos diferentes que refletem sua aparência... Se ignorar a roupa de vaqueira da Mimi e o óculos de natação do Tai, ignorando esses dois essa sentença estaria 100% correta. ignora vai, só pra sentença ficar 100% correta.

E por que não falar dos Digimons que são de longe a melhor coisa quando se trata do visual do anime. Sendo uma mistura de seres vivos com tecnologia, o que combina perfeitamente com o conceito digital apresentado pela série. Além disso, é apresentado digimons com uma vasta variação de tamanho, cores e formas.

Se torna difícil definir qual deles seria o melhor, pois são muitos o que conseguem fazer um bom trabalho na área em que estão incluídos, mas nem todos são exatamente bons, alguns digimons se forem comparados a monstros de animes diferentes eu sinceramente não saberia diferenciar a não ser lembrando de tê-lo visto no anime antes, se fosse para comparar eu diria que Pokémon fazia(não faz mais) um trabalho melhor nessa questão de dar um visual mais agradável e maior identidade para seus bichinhos em geral.

Embora eu considere que quando Digimon acerta, ele acerta mais em cheio que Pokémon, como eu poderia explicar? Os pokémons não parecem ser muito mais que uma variação dos animais que vemos diariamente; eles parecem possuir um visual tão simples em várias ocasiões, principalmente as evoluções que não sejam as finais, enquanto os digimons parecem ser algo mais único e mais criativo quando não é algum dos casos de digimons mais genéricos. 

O Digimundo não me agrada tanto assim, mas ainda consegue fazer um bom trabalho, Ele é lotado de mistérios, detalhes e máquinas estranhas que criam uma curiosidade sobre como ele funciona e qual é a lógica que reina nesse mundo. O Digimundo na série possui um destaque na drama, o que teria sido algo ótimo, se ele não tivesse sido deixado de lado mais para a frente da série, pra dar espaço para vilões estúpidos e genéricos apenas, mas é um desenho infantil, e desenhos infantis adoram dar destaque para um vilão que surge do nada, ao invés de explorar algo que tinha um bom potencial e já vinha sendo desenvolvido gradativamente desde o início do anime, mais um triste caso de péssima decisão, mas fazer o quê? Sempre existirão decisões ruins, o máximo que da pra fazer é não apoiá-las e criticar quem as cometem até que acertem.

O visual dele é bacana, ele possui um certo nível de variedade, possui alguns lugares mais interessantes e mais charmosos, principalmente os que envolvem tecnologia, mas no geral, eu não vejo nada realmente interessante no visual do Digimundo ele é na melhor das hipóteses condicente com a sua proposta, ele realmente não tem muito a oferecer, exceto em algumas certas ocasiões com alguns lugares específicos

Agora vou falar dos outros humanos e da Terra (Japão também serve). O visual dos dois é o mais morno do anime, não oferecem nada de especial, são completamente genéricos e sem graça, se tem algo em Digimon que eu faço questão de ignorar é o visual dos dois, eles aparecem na tela e meu cérebro apaga os dois da minha mente 5 segundos depois, os produtores deveram  esforço nessa área.

Antes de continuar eu quero falar do visual cinzento de Digimon, eu fico curioso sobre ele, pois mesmo fora do Digimundo o visual ainda é cinzento, até a  4º temporada do anime o visual do anime é cinza, eu não sei explicar o por que dessa  escolha. Seria para dar um clima mais dramático ou sério para a série? Ou foi porque isso era costume nos animes lá do final da década de 90 e incio dos 2000? Por que se for algum deles, eu acredito que fazer isso num anime infantil que da mais foco em aventura não parece combinar muito bem, mas se for apenas para criar um diferencial em relação a outros animes fica mais plausível, mas que é estranho ver personagens e monstros coloridos num cenário cinzento e deprimente, isso é.



Ótima, mas com as suas ressalvas





Saibam que essa avaliação será baseada na trilha sonora original, então não vai ter:

"Digimons, digitais,
Digimons são campeões.
eles vão se transformar,
para o seu mundo salvar.

Não. Ela será baseada na abertura original chamada "Butterfly" que é MILHÕESSSS de vezes melhor do que a música cantada pela Angélica.

Fanboy da abertura brasileira:
"Mas Karlos, a Angélica canta tão bem. E essa música fez parte da minha infância."

Estou nem aí se isso fez ou não parte de sua infância, a abertura brasileira é uma porcaria e a Angélica nem é cantora pra fazer esse tipo de trabalho. O melhor que você vai ouvir de positivo de mim em relação a abertura brasileira de Digimon Adventure é que eu ainda prefiro ela, se for comparar com a abertura brasileira de Digimon Adventure 02.

Agora falando sobre as músicas em si, eu fico orgulhoso em dizer que sim, as músicas são ótimas e muito bem compostas, os criadores realmente souberam escolher bons compositores para criarem as músicas que seriam colocadas nesse anime, músicas como a já dita "Butterfly" de Koji Wada e "Brave Heart" do Ayumi Miyazaki, recebem o destaque, mas nem por isso o resto deixa a desejar também,  uma instrumentação de ótima qualidade, boas letras  e uma ótima composição, estão presentes em toda a série, até mesmo a música "I WISH" que é de longe a música mais deslocada do anime é bem feita. É impressionante como todas elas sabem como usar as notas baixas, e as notas altas no momento certo, algo que acreditem, é difícil. Ademais, elas conseguem causar aquilo que as músicas foram feitas pra fazer, emocionar a todos que ouvem. 

Se você não ouviu as músicas de Digimon Adventure, só digo uma coisa, vá ouvir agora que você não vai se arrepender, na verdade os animes de Digimon em geral possuem boas OST's.

Mas vocês devem esta esperando uma crítica negativa, porque se não, eu não teria posto aquele "mas com as suas ressalvas".

Querem ver eu sendo malvado com o pobre do Digimon Adventure, pois assim eu não estaria sendo mau. Pois bem, eu tenho problema com a Brave Heart e também tenho problemas com como essas músicas acabam não combinando tanto assim com a proposta do anime.

Não me entendam mal, eu gosto bastante de Brave Heart, mas tem um momento em que Brave Heart começa a encher muito o saco, ela toca em toda luta desse anime. Todas as outras temporadas de Digimon possuem pelo menos duas músicas nas lutas, Digimon Adventure só tem Brave Heart basicamente, e tem vários episódios em que essa música chega a tocar duas, até mesmo três vezes numa única batalha, eu fiquei enjoado de ouvir Brave Heart no meio do anime e olha que ela é uma das minhas músicas prediletas.

Agora sobre a combinação, não parece que as músicas com um tom romântico como a Butterfly e outra com grande peso dramático como a Brave Heart, não parecem combinar com uma série de crianças que andam com bichinhos que se transformam em monstros gigantes num mundo estranho. Eu sei que o anime é mais sério se comparado a um Pokémon por exemplo, mas ele não deixa de ser uma animação infantil e descontraída. Talvez eu esteja exagerando nesse aspecto de Digimon, mas é a impressão que eu tenho.

Sobre a dublagem, que essa sim será baseada na versão brasileira, ela é bem feita, as vozes combinam, a tonalidade das vozes correspondem às situações em que se apresentam, o único problema seriam alguns erros de dublagem que eram bastante típicos de serem realizados pelos dubladores da época, principalmente se tratando de animes, mas não chegam a estragar o anime, só não esperem uma dublagem do nível de Yu Yu Hakusho (envelheceu mal pra caralho, mas se for olhar isso do ponto de vista dos anos 90, a dublagem é exelente), porque a dublagem de Digimon Adventure passa longe disso.


Concluindo para encerrar de vez



Agora o veredito. Digimon é ruim? É medíocre? É bom? A maior maravilha da humanidade? Uma aberração tão sofrida e sem graça quanto Shaman King?

Ele é felizmente um anime bom.

Lado positivo:

Os protagonistas em geral possuem um bom desenvolvimento e boas personalidades, inclusive os digimons que os acompanham;

A drama é simples, mas é bem feita o suficiente para te fazer querer assistir ao desenrolar da história e como tudo vai terminar, e as aventuras apresentadas nos episódios são bem bobas, mas conseguem transmitir bem a mensagem que querem entregar;

O visual da série possui um tom único e auxilia bastante para dar uma identidade a série, além dos mistérios que podem ser vistos ao longo do anime que ajudam a manter a curiosidade, auxiliando a trama;

A trilha sonora é maravilhosa e consegue melhorar bastante o clima da série;

Lado negativo:

As batalhas são sem graça;

Os vilões são genéricos até demais;

A animação é fraca e possui vários erros;

Brave Heart toca demais ao longo do anime;

Tai e Agumon são idiotas;

No final das contas, Digimon Adventure acabou fazendo muito sucesso, sendo capaz até de rivalizar com Pokémon, algo difícil de ser conquistado. E como várias coisas que fizeram sucesso, é claro que iria haver uma continuação, e é claro que essa continuação não só seria tão boa ou até melhor quanto o seu antecessor, como também esclareceria todas as dúvidas deixadas em questão pela primeira temporada, correto???









Nota Final: 7.2