quarta-feira, 20 de julho de 2022

Avaliando Ys 1 & 2 Chronicles (PSP)

 



Para a minha infelicidade, a fonte do meu Xbox morreu, em outras palavras, sem jogos de Xbox aqui por algum tempo.


Mas nem tudo é derrota, e pode ser uma oportunidade pra falar sobre outros assuntos, como exatamente esse que vou falar agora.


Jogos de PSP! O portátil da Sony pra jogar GTA e God of War, em que não vou falar desses dois. 


Porque prefiro falar de uma outra franquia interessante que teve jogos no portátil, Ys.


Ys além de ser uma das franquias com um dos nomes mais curtos pra um vídeo game, também é uma bem antiga, datando lá de 1987.


E diferente de muitos RPG's da época (embora eu considere ele mais um jogo que pega recursos do gênero) ele é bastante focado em ação, não possuindo combate em turnos ou encontros randômicos. Não apenas isso, mas o jogo também possuia cutscenes, tudo isso em 87.


E também, é surpreendente que uma série que ainda vai recebendo jogos até hoje, não é muito conhecida. E pra ajudar um pouco, nada melhor que falar sobre algum jogo, e principalmente os dois primeiros jogos da franquia.


Sim, avaliarei dois jogos porque bem... primeiro a empresa responsável pela franquia, Falcom, lança os dois jogos juntos desde 1989 em todo tipo de plataforma que os dois saem, e segundo, a história dos dois é intrinsecamente interligada uma a outra, com o segundo jogo começando logo depois do fim do primeiro.


Isso se deve, pelo menos pelo que eu ouvi em todo canto da internet, que era pra ser tudo um único jogo que foi dividido em dois porque a plataforma original, PC-88, não poderia aguentar o jogo inteiro.

A JORMADA COMEÇA EM YS 1 ANCIENT YS VANISHED




A aventura começa com o nosso protagonista, Adol Christian, indo em direção a ilha de Esteria. 


Adol é um jovem de 17 anos, que ouviu histórias sobre grandes aventuras quando vivia em sua vila e tentou experimentar um pouco pra si mesmo, se tornando um aventureiro. 


E quase morre numa tempestade tentando chegar lá, começando um dos maiores de seus legados, começar uma aventura chegando num lugar desacordado, apenas pra ser salvo por uma garota, porque vai por mim, não vai ser a última vez que ele vai ter uma experiência parecida.


Essa primeira parte só existia no manual, e na versão de PSP que eu joguei, ela tá em certas cenas na cutscene de apresentação.


Adol após despertar descobre que a região começou a sofrer severo ataques de demônios nos último seis meses. A situação tá tão feia que uma das vilas foi destruída já. 


Após viajar um pouco pela ilha, Adol chega na cidade de Minea, lá ele descobre que quem o chamou pra essa ilha foi uma cartomante chamada Sara, que pede ajuda de Adol para que o mesmo encontrasse os livros de Ys, que contam a história de seis sacerdotes e duas deusas.


Porque Sara achou que um garoto ruivo de 17 anos que não fez nada relevante na vida até o momento era uma boa escolha? Não faço a menor ideia.


Mas não é momento pra pensar, é momento pra adquirir livros! Explorando masmorras, cavernas, e enfrentando demônios malignos, como todo jovem aventureiro que se prece. 


Acha que livros é um motivo estúpido pra uma aventura? Bem, é isso que tu terá de fazer infelizmente (e eles nem são tão relevante em Ys 2).


E essa é a história geral do jogo. Não parece grandes coisas, mas vai por mim, é mais interessante que isso, não tanto, mas é. 


Terá umas reviravoltas interessantes, companheiros divertidos como o bom amigão, derruba muro, Dogi. 


E até uns mistérios interessantes como o desaparecimento de itens de prata, que você só vai entender porque raios tá acontecendo quando estiver próximo do final do jogo.


No geral, é uma história bem simples, mas é bacana e decente, principalmente pra uma obra originalmente de 87.


Ah é, me esqueci de dizer, o nome do último chefe é Dark Fact.


...


Dark Fact!




Antes de falar sobre o jogo em si, vou falar do sistema de salvamento. Uma das coisas interessantes de Ys, é que não precisa chegar num ponto específico pra salvar, qualquer lugar tá bom. Isso provavelmente é uma das características por ser a princípio um jogo de PC, e jogos de PC, principalmente antigamente, tinham essa mania de deixar o jogador salvar constantemente sempre que dar na telha (que eu gostaria que fosse mais popular).


Como vários RPG's, vão ter cidades que você vai poder conversar com NPC's, comprar equipamentos melhores e por aí vai. 


O jogo apresenta aquele cenário mais típico dois Zeldas 2D, onde o jogador explora o mapa, sendo tudo conectado por campos verdes, com inimigos e itens escondidos espalhados.


O combate dos jogos da franquia Ys, ao menos os mais antigos, são a coisa que mais se destaca neles.


O motivo? Bem... você provavelmente espera que um sistema de combate vai envolver pressionar algum botão especificamente pra atacar, correto?


Pois é, isso não existe nesse jogo. Se movimentar é a forma de atacar nesse jogo.


Leitor confuso: "Como assim, John? Que porra de sistema de combate bizarro é esse? Porra maluca e esquisita. Vai matar na base do poder do berro?"


Nesse momento eu digo que ele até ridiculamente simples. Pode ser resumido a apenas direcionar a seta pro inimigo enquanto tá em contato com ele, e o dano acontece.


O sistema se baseia em ficar esbarrando nele, só isso. Tem outros segredos, como não esbarrar de frente pois o inimigo tem chance de revidar o ataque, e vai por mim, os inimigos desse jogo dão muito dano, principalmente porque não existe tempo de invencibilidade após receber um ataque, o que significa que eles podem de atacar imediatamente após dar um ataque, te matando em menos de 3 segundos se você não fizer algo.


Por sorte, você pode atacar os inimigos por qualquer outra direção que estará seguro, principalmente na versão que eu joguei que o Adol pode se mover em 8 direções, quando no jogo original eram apenas 4. Claro, acertar os inimigos não é uma tarefa fácil, não é como se eles fossem ficar parados esperando você atacar eles por alguma outra direção que não seja de frente, o que vai exigir habilidade.


O sistema de combate de Ys é ridiculamente simples, o grande desafio é ser preciso é ágil pra pegar os inimigos desprevenidos.


E pra ajudar um pouco, toda vez que o Adol fica parado em um ambiente aberto, ele regenera a vida sozinho, embora demore um certo tempo.


Muita gente que eu li os comentários fala que os jogos são difíceis, o que eu diria que é só metade da verdade. Eu não acho Ys difícil, principalmente porque dá pra salvar sempre que der na telha e Adol regenera a vida sempre que ficar parado em algum ambiente aberto. Ys só fica difícil se considerar a batalha contra os chefes, porque o grande desafio de longe será eles.


Não que os inimigos normais não ofereçam desafio, mas o número de mortes que eu tive tá a maioria nos chefes. O padrão de ataque deles é mais complexo que o dos inimigos normais, e você vai ter que encaixar algum momento para ficar esbarrando neles, porque eles são bem mais perigosos, e diferente de fora da batalha contra eles, você não pode salvar aqui, e nível e equipamentos não influenciaram tanto nos resultados, exigindo muito mais habilidade pra vitória.


Exceto no caso do segundo chefe e num menor grau o quinto. Eu venci apenas atacando sem parar que nem retardado e deu tudo certo.


Mas são exceção, e não regra, o próprio primeiro chefe é brutal com a sala lotada de armadilhas que lançam rajada de fogo, e é preciso prever onde o chefe se teletransportara enquanto evita essas armadilhas para ter uma chance.


A única ajuda nessas batalhas será uma única erva, que você terá de equipar antes da batalha para poder usar, e dependendo da situação, pode ser difícil conseguir mais.


O jogo também tem uns quebra cabeças, que vão exigir que se preste atenção no comentário dos NPC's ou na exploração dos ambientes para conseguir itens, como uma máscara que permite ver passagens secretas ou martelo para quebrar uma pilastra. Esses quebra cabeças em geral são bem simples no geral, com NPC dizendo o que precisa ser feito, e geralmente a parte difícil vai ser ficar usando o item até perceber exatamente onde deve ser usado. Ajuda a variar um pouco a jogatina em alguns casos, e no geral as informações serão decentes o bastante para se sacar o que precisa ser feito, mas sem parecer que o jogo ache que tu é burro demais pra pensar um pouquinho e ligar os pontos, o que é um bom respeito ao jogador.


Adol só pode equipar, além das relíquias que seram usadas para progredir e explorar o ambiente, também tem espadas, escudos, armaduras e anéis. Só tem 5 versões de cada, e cada uma é objetivamente superior a anterior exceto no caso dos anéis, oferecendo mais ataque e defesa respectivamente. Os anéis tem habilidades variadas como dobrar o ataque, dobrar a defesa, permitir que Adol regenere vida dentro de masmorras e cavernas (Adol regenera a vida no dobro da velocidade em ambiente aberto), corta a velocidade de movimento dos inimigos pela metade, e um anel MALIGNO que serve apenas para abrir uma porta, e usar ele em qualquer outro momento é suicídio, o que me faz questionar porque ele não foi colocado como os itens comuns já que a função é praticamente a mesma de um deles.


Por mais que o efeito dos anéis tenha parecido legal, sinto lhe informar que não funcionam contra chefes, o que é uma pena.


Ys 1 não é um jogo muito longo, existem apenas três cidades, e 3 zonas contendo inimigos pra explorar, se ignorar a zona conectando todos eles.


E tirando a zona final, Dahm Tower, que é tão ridiculamente longa que pode consumir facilmente um terço de todo o tempo que será gasto nesse jogo, nenhuma das outras regiões é muito longa de concluir.




Vou ser honesto, o visual de Ys não impressiona tanto assim. É aquele tipo que você já viu milhões de vezes num RPG por aí, e ele não se destaca positivamente em relação a nenhum deles.


As cinemática são bem bonitas, mas considerando que a versão que estou avaliando é de 2011, elas não são interessantes quando comparados a RPG's saídos no mesmo ano, mesmo só considerando portáteis. 


Muitas das interações seram mostradas com imagens estáticas, o que pode ser broxante para alguns. Ainda sim, são imagens bem produzidas no final das contas.


Mas diria que a parte mais meh é o visual dos cenários mesmo, é tudo mato verde, cidade genérica, cavernas sem graça, ou ruína #321345. É tudo uma variação sem graça de tudo isso. Mas dando crédito onde é devido, eu gosto que Minea possua um muro em torno da cidade e esse muro tenha uma função na narrativa (proteger dos demônios) o que pode não ser diferente de outro RPG, mas ao menos tem isso. E possivelmente a melhor parte é ver o mundo estando na parte externa de Dahm Tower, onde a cada andar subido o exterior vai alterando até ir da floresta e a cratera no meio da ilha, com os último andares sendo o céus, com as luas e estrelas. Essa transição mais as mudanças no tempo de manhã para noite realmente dá uma sensação que você está numa jornada desgastante para subir essa maldita torre, tendo provavelmente como única crítica que quando tu desce a torre, o céu volta a clarear novamente, o que é hilário.


A trilha sonora do jogo tem uma vibe mais pra anime, o que hoje em dia já não é tão impressionante já que todo JRPG vai por esse estilo, embora fosse mais impressionante lá na década de 80, principalmente porque o PC-88 permitia aos programadores serem menos limitados com a música.


A versão Chronicles como se deve esperar, além de ter uma qualidade melhor no áudio, os produtores decidiram dar uma vibe mais rock para o jogo, que eu achei que não foi a melhor das opções. As músicas não ficaram ruins de forma nenhuma, mas elas deram um tom mais "energético", e Ys 1 em geral é uma aventura bem pé no chão e calma boa parte do tempo, o que não funcionou tanto pra mim. Mas ei, particularmente gostei delas nos chefes, com certeza morrer neles era um pouco menos sofrível graças a elas.


Maior crítica ao som seria que não tem áudio de voz para os personagens, o que não é errado em si, mas é estranho quando Ys Book 1 & 2 (versão do TurboGrafx CD) ao menos alguns personagens tinham áudio de voz, e considerando que essa versão é de 1989, a coisa fica triste.

YS 2 ANCIENT YS VANISHED - THE FINAL CHAPTER 




Ys 2 em muitas áreas é parecido com o primeiro jogo (lembrando que ele deveria ser a segunda parte dele), ainda sim, ele tem novas ideias em cada canto.


A trama se desenvolve com o final do primeiro jogo. Após Adol chegar no topo de Dahm Tower, derrotando DARK FACT, ele é levado para a ilha voadora chamada YS, onde é resgatado inconsciente novamente.


O jogo começa novamente com o Adol acordando numa cama. 


Ao menos dessa vez tem três pessoas te observando ao invésde duas.


A trama começa mais lenta com o grande objetivo sendo Adol trazer os livros de Ys do jogo anterior para as estátuas de cada um dos seis sacerdotes, que darão a missão e iram esclarecer o que raios tá gerando todo essa bosta pra início de conversa, além de arranjar uma cura pra garota que o resgatou, Lília, porque todo jogo o Adol tem que arranjar um novo par amoroso.


A história de Ys 2 é bem mais presente e até mais dramática diria, Ys 1 tinha alguns momentos mais sérios como o assassinato da cartomante, mas a trama em si parece muito estagnada com nada acontecendo. Em Ys 2 tem os vilões agindo ativamente para atrapalhar sua jornada e mais personalidades marcantes ao longo da jornada, o que a torna bem mais interessante que a do primeiro. Considerando que esse jogo é o desfecho de tudo que vinha sendo construído no primeiro jogo, não podia ser diferente.


O combate, ainda é o bom esbarrar para a vitória, mas surgiram certas mudanças. A mais importante é que magia é uma coisa agora. São 6 magia, e todas elas possuem funções bastante distintas uma das outras.  


Sejamos francos, Ys 1 podia ser resumido a apenas "mexer a seta na direção de um inimigo: o game". Por outro lado, até concordo um pouco que magia é tão fácil e boa de usar que ficar esbarrando nos inimigos vai se tornando cada vez menos necessário quanto mais se avança no jogo, apenas em uma região onde os inimigos eram resistentes a fogo que tive necessidade de usar combates físicos.


A primeira é a magia de fogo que bem... é a magia de fogo. Adol manda uma bolo de fogo nos inimigos. Mas tem coisas a mais como a habilidade de carregar o ataque para aumentar o dano e a sua área de ataque, além de terem acessórios específicos para torná-lo mais eficiente, como ataques teleguiados e múltiplas bolas de fogo.


O que é bizzaro que 2 dos 6 acessórios do jogo existem apenas pra melhorar a magia de fogo, e considerando que o gasto de magia é relativamente baixo, é bem possível que você jogue a maioria do jogo abusando dessa magia ao invés de realmente esbarrar nos inimigos. Muitos chefes inclusive tem seu combate baseado na ideia que você irá enfrentá-los usando tal magia, os tornado num tipo de bullet hell. O que pode ser horrível se tu não ter equipado a magia ou preferir esbarrar para a vitória.


Também tem uma magia para parar o tempo, que é auto explicativa, e não funciona nos chefes, em alguns casos você até é punido por tentar.


Magia de teletransporte. Ajuda a viajar instantaneamente para cada vilarejo no jogo, é outra magia que vai ajudar bastante. Diferente de Ys 1, Ys 2 não tem uma região conectando todos os cantos no mapa, permitindo ir de um canto pra outro com relativa facilidade. Tendo uma rota bem mais linear de como tu progride, então tem essa magia de teletransporte. Com certeza economiza tempo.


Magia de iluminação que ilumina o ambiente e... tirando o templo em que tu adquire essa magia, que ajuda a ver em salas escuras e descobrir passagens secretas, ela meio que é inútil o resto do jogo inteiro. 


Magia de alteração. Provavelmente a mais interessante do jogo. Com ela, Adol pode se transformar num demônio! Mas num demônio fofo? Yeah... o charme dessa magia é que os inimigos não apenas não vão atacar Adol, como também pode conversar com eles, isso inclusive é uma das formas para avançar no jogo, adquirindo informação.



Adol em sua forma demoníaca extremamente opressiva


E por último, uma magia de escudo que protege Adol de todos os ataques, sendo que ele perde magia constantemente enquanto usa e perde uma quantidade ainda maior quando recebe um ataque. Boa, mas tu só recebe no final e provavelmente só vai utilizar contra o último chefe.


Outros acréscimos interessantes foram os níveis totais do jogo, que em Ys 1 eram apenas 10 níveis e aqui são 55! 


Isso leva a certas consequências como a influência de ganhar um nível não ser tão alta (em Ys 1 era tanta que ganhar um nível era o equivalente a arranjar uma nova armadura e arma pro Adol). E muitas, mais muitas batalhas grindando para conseguir níveis. Eu particularmente achei chato o quanto esse jogo espera que tu fique farmando pra ganhar nível em comparação com o primeiro, é uma perda de tempo desnecessária. Não chega a ser o pior que vi num RPG nem de longe, mas ainda pode esperar ficar de meia a uma hora apenas fazendo o Adol matar monstros para ele ficar num nível decente aqui e ali. Por sorte, Ys 2 também recompensa com experiência por ir progredindo na história, o que eu não entendo porque tem gente que reclama, pois isso auxilia um pouco e até diria que ajuda quem gosta de usar a magia de alteração para não ficar constantemente lutando as mesmas batalhas quando vai indo e voltando de um lugar para o outro, porque a magia de teletransporte não vai resolver toda a dor de cabeça que isso gera.


E o acréscimo mais criticado, Adol tem mais itens de cura a disposição em relação ao jogo anterior, o que muitos acusam de facilitar demais no desafio, e eu concordo com essa afirmação,  pois em certas batalhas pude ser desleixado graças a elas. Provavelmente por isso Adol só retornaria a ter acesso acesso a mais de um item de cura a disposição em Ys 5, que é com certeza um jogo.


As dungeons são bem mais longas nesse jogo também, com mesmo a primeira que você  visita sendo até consideravelmente longa, sendo a maior razão do jogo ser mais longo no geral.


Até gostei delas serem mais complexas e mais conteúdo, e também auxilia na sensação de progressão em relação a ys1. Mas também achei elas mais confusas ou até mesmo monótonas por ficarem exigindo muito vai e volta de você. E Solomon shrine, a última dungeon do jogo é esses dois itens multiplicado por 10. Sério, qualquer pessoa que jogou Ys 2 vai dizer que tava gostando do jogo até chegar aqui, porque isso aqui é um inferno, e ainda é mais longo que Dahm Tower. O único benefício é que você não está preso a Solomon shrine e pode sair e voltar quando quiser.


Tem umas sessões memoráveis como a que o Adol tem que levar um garoto de volta ao pai que é irritante já que a IA do garoto não é boa e ele morre muito fácil. 


E outra mais interessante em que o Adol é amaldiçoado e fica preso na forma de demônio, não podendo se comunicar com os humanos e nem mesmo com os demônios. O interessante é que acaba sendo o melhor momento pra adquirir experiência em todo o jogo já que os demônios não atacaram Adol e a forma de demônio não consome mais magia.


Provavelmente o momento mais tenso do protagonista no jogo é ao mesmo tempo o melhor para o jogador. Irônico.


Como tava dizendo, a aventura nesse jogo é muito maior, com mais reviravoltas e exige mais de você no geral. Até diria que é melhor em relação a Ys 1, mesmo com Solomon shrine sendo uma merda tão grande.


Os visuais em geral são idênticos ao do jogo original, com algumas diferenças padrão como novos monstros e locais para visitar. 


Ys 2 tem um ambiente mais impressionante no geral, com mais variações de ambientes como regiões de neve, uma caverna de lava. 


A primeira dungeon é uma mina com um templo dentro que o contraste entre os dois.  Com o primeiro sendo escuro e sujo e o segundo bem iluminado e "espiritual" estanto até em boas condições para um ambiente abandonado.


Tem vários desses detalhes no ambiente, como os ocasionais momentos que você ficará na beirada da ilha e verá o mundo abaixo. 


Até a sessão antecedendo o último chefe é interessante por parecer que tudo a sua volta é de alguma civilização antiga muito mais avançada do que Adol possa entender.


Então, bom ponto para Ys 2.


Mas como nem tudo é alegria, eu vou reclamar que tem uma vila dentro de uma caverna cercada por lava e isso não faz o mínimo sentido. É, eu sei que esse é o jogo da ilha voadora e tal, mas acreditar que humanos conseguiriam viver com lava a sua volta, 24 horas, num lugar fechado, é muito pra mim. Imagina o quão sufocante seria respirar, isso sem contar a temperatura.


A trilha sonora não tem muito o que dizer que já não tenha sido dito, deram um vibe mais rock que dessa vez encaixa melhor pela trama em geral ter momentos exigindo uma certa urgência ou tensos na narrativa.


Uma coisa que ainda não tinha dito é que Ys Chronicles permite que você troque a trilha sonora entre outras duas versões. A Complete de 2001 e a original do PC-88. 


Vi uma crítica sobre não ter a trilha sonora da versão do turboGrafx CD. O que é compreensivo sabendo que turboGrafx é pra muitos a melhor plataforma dos primeiro quatro jogos da franquia Ys, é muitos particularmente acham a trilha dos jogos dele em específico a melhor.


Aproveitando que estou falando sobre versões, o jogo oferece também a versão Complete para os jogadores, que apenas oferece uma mudança no estilo de arte dos personagens quando você se comunica com eles, o que não é lá grandes coisas se pensar muito, mas é bacana que o jogo ofereça essa opção (principalmente porque gosto mais da versão Complete).


CONCLUSÃO


Se tu acha que ficar pressionando as setas em direção como forma de combate não te incomoda, provavelmente você vai gostar do jogo.


Não tem muito mais o que falar, é a trama de um JRPG relativamente padrão executada de forma decente, os visuais são bacanas se tu entender que não passa de um remake que não altera a jogabilidade de dois jogos dos anos 80, a música é bacana também...


Considerando tudo que a franquia Ys tem a oferecer, provavelmente Ys VIII seja o melhor ponto pra iniciar, além de ser o melhor jogo da franquia, que eu não posso provar porque não tenho PS4 pra jogar, mas a maioria da fanbase concorda que o jogo é uma obra prima, o que no mínimo deve significar que ele é bom.


Mesmo considerando um jogo que possua a mesma jogabilidade de Ys 1 e 2, Ys 4 Dawn of Ys seria uma opção melhor pra jogar, tendo como grande problema ser um jogo exclusivo do TurboGrafx CD.


"Mas tem a versão de SNES e..."


Quieto! Não falemos dessa versão de Ys 4. Pelo menos não aqui.


Mas apessar de tudo que eu acabei de mencionar, Ys 1 e 2 são bacanas, e tudo vai depender, novamente, se tu suporta ficar esbarrando em inimigos como forma de combate.


Provavelmente é isso, obrigado por terem lido esse artigo até o fim, e espero não demorar tanto para o próximo.




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