domingo, 13 de março de 2022

Avaliando Hitman Contracts (HD Pack)

 


"Porra meu! Você escreve um artigo continuando um jogo que você avaliou a menos de um mês, mas nada de Sonic 3 que você devia ter escrito algo a anos?"


Vozes de minha cabeça, eu não devo nada a você, irei escrever Sonic 3 quando eu quiser. E poder até estar mais perto que você imagina...


Não contém com isso.


Hitman Contracts, a continuação de Hitman 2 que também é um remake do primeiro Hitman. Mas como isso é possível?


Ficará claro quando eu falar sobre a história dele.


Hitman Contracts é o jogo ignorado da franquia. Fãs da série geralmente não dão tanta atenção pra ele da mesma que seu sucessor e antecessor, geralmente  não mencionam ele tanto assim. A razão está ligada pela falta de conteúdo novo e bem... metade dele é missões de um jogo lançado a míseros 4 anos, apesar de possuir certas mudanças nelas.


O que eu acho uma pena, porque eu gosto desse Hitman, e considero que ele coloca a franquia no rumo certo, explorando bem a ideia "ache uma forma legal de matar o alvo". 


Não é perfeito, e o jogo seguinte faz um trabalho melhor, mas vejo ele como um passo importante na série.


Vai ter spoiler, e imagens com cenas sangrentaas, nada brutal, porém não leia se ficar incomodado.


UM TOM MAIS SOMBRIO




Hitman 2 trazia um 47 fodão, disposto a voltar a um mundo que tinha abandonado e bastante confiante em sua competência para realizar as tarefas mais impossíveis.


Esse não é bem o 47 de Contracts. Na França, após realizar um contrato, 47 voltando para o apartamento que estava se hospedando, para o azar dele, ele acaba sendo visto por um inspetor de polícia, Albert Fournier, que sabia quem ele era. O detetive atira em 47 e apesar dele conseguir escapar e chegar em seu apartamento, ele fica bastante ferido, estando numa situação  de vida ou morte.


A partir daí, 47 começa a lembrar/alucinar com as várias missões de sua carreira (justificativa pra ser continuação do Hitman 2 e remake do primeiro) enquanto tenta sobreviver. 


Em meio a essas alucinações,  um médico da agência chega e começa a tratar o 47. O mesmo cai fira quando começa a ver sinais de polícia aparecendo.


Quando finalmente o 47 se recupera o bastante ao ponto de poder se cuidar e voltar a ação, a polícia já tem o lugar cercado.


Esse cenário lembra bastante o final do filme O Profissional. Não sei se foi intenção dos criadores era referenciar o filme ou não, de qualquer forma gera um clima legal para a missão final.


47 consegue matar o inspetor Fournier que estava liderando a ação policial e escapando do lugar.


Antes do jogo terminar.  Tem uma cena com 47 num avião, onde ele recebe uma mensagem da Diana afirmando que a agência estava sendo investigada por um grupo desconhecido, e 47 com toda sua fé em sua competência só afirma esperar que a agência tenha dinheiro para os próximos alvos.


O fodão voltou!


Essa história é mais simples que a de Hitman 2. Não tem reviravoltas mirabolantes ou grandes organizações envolvidas. E mesmo sendo um "semi-remake do primeiro jogo" ele não chega a explorar a trama do mesmo a fundo.


Ainda sim, gosto da ideia do 47 estando todo ferrado, moorenfo num apartamento sujo, enquanto recebe um tratamento porco de um médico, tentando ao máximo não morrer. Além de estar com a fé em sua capacidades como assassino profissional completamente em dúvida.


Isso é completamente diferente do tom fodão e heróico que Hitman 2 passava para o 47. Ele foi descoberto e foi baleado por um inspetorzinho qualquer. Isso arruína a confiança de qualquer um.


Ver o 47 tentando sobreviver, conseguindo se recuperar, conseguindo escapar de um cerco policial pesado, e ainda conseguindo eliminar o cara que podia reconhecê-lo, é uma grande história de superação.


É... ele é um assassino de aluguel,  o que torna o ato de eu aprovar a vitória dele bem questionável de comemorar... mas ainda um caso de superação.


Mas como sou chato, eu irei reclamar que é bizarro como o 47 se recuperou de um disparo no abdômen tão rápido. Ele teve tratamento médico e provavelmente aquela vacinada do médico no final foi pra ajudar a lidar com a dor, mas ainda é absurdo pra mim o cara estar pulando de uma varanda pra outra, o que deve ter sido, poucas horas após uma séria cirurgia.


O 47 é  fodão e essas coisas, mas isso é difícil de lidar até pra mim.


CADÊ A LUZ DO DIA?




Hitman Contracts pelo tom da história, já deu para perceber que os criadores foram pra um rota mais sombrias com a franquia.


Essa mentalidade também está presente no visual das fases. 


Uma das primeiras coisas que podem ser percebidas é que nunca é de manhã em Contracts, todas as missões se passam a noite. Até as missões em Hong Kong e Traditions of The Trade que se passavam de manhã agora passam a noite. Muita gente encara essa mudança como parte das alucinações do 47 pelos ferimentos. 


Muitas desses missões também se passam em noites chuvosas, e geralmente são lugares mais sórdidos. A própria primeira missão mostra bem esse mudança no tom, a primeira parte dela inteira é só você vendo o corpo morto e ensanguentado das dezenas de pessoas que o 47 matou no final do primeiro jogo. 


Além  disso temos cenários como: uma festa num abatedouro de carne, com um corpo apodrecido de uma jovem morta, e um de seus alvos é um gordão, nojento que só come carne; uma mansão antiga com os donos que realizam caça com humanos, vivendo um estilo de vida que parece ser do século 19; um estabelecimento cheio de motoqueiros e neonazistas, com um dos seus alvos tem um fetiche bizarro por ser eletrocutado.


É... Contracts tenta ter um clima bem melancólico e sombrio. Provavelmente minha parte favorita do jogo, e razão de gostar bastante dele. 


Se tem um motivo pra eu realmente gostar da história desse jogo, é como o ambiente e as temáticas das fases andam juntinhos o tempo todo.


Aprecio quando tentan encaixar o ambiente e a narrativa para não se contradizem. Hitman Contracts é um dos melhores casos que eu já vi desse caso. 


As missões de Codename 47 que foram refeitas para esse jogo não são tão boas nesse sentido, se comparadas as originais, criadas nesse jogo. Geralmente a grande mudança pra torná-las mais sombrias foi apenas deixar o ambiente mais sujo e a missão se passar a noite, o que é bem superficial.


Graficamente o jogo é bem mais bonito que Hitman 2. Eu fico impressionado com a evolução. Os cenários e os ambientes são bem mais detalhados, a iluminação é bem mais realista, os ambientes possuem mais objetos, mobílias dentro deles. Foi uma ótima evolução pra apenas 2 anos de distância.


Os NPC's também receberam uma boa melhoria. Hitman 2 chegava a ser tosco como uma caralhada de gente parecia igual um ao outro. Isso ainda existe em Contracts, mas essa sensação não é gritante quanto era no antecessor.


As mudanças nos ambientes são boas apesar de todas as missões do jogo se passarem a noite. Bem, isso até chegar em Honk Kong e fazer 4 missões seguidas nele. Essas missões eram presentes em Codename 47, mas três delas eram simples e basicamente serviam como introdução do jogo, as de Contracts são na segunda parte do jogo é tentam ser mais complexas, então você acaba ficando um bom tempo nelas em Contracts. 


Uma última coisa a falar sobre os visuais do jogo. Eu joguei o jogo pela versão do Xbox 360 do HD Pack lançado em 2013, que é uma coleção de jogos da franquia. E a qualidade de imagem das cutscenes desse jogo é uma droga, e eu não entendo como isso é possível quando as de Hitman 2 que também fazem parte dessa coleção são boas. Tem alguma explicação pra essa porcaria?


IA MENOS IRRITANTE E FURTIVIDADE MAIS AGRADÁVEL 





Hitman Contracts não apresentam grandes mudanças em relação a Hitman 2, no que se refere à novas ideias sendo implementados, mas tem mudanças interessantes nas mecânicas. 


O menu de itens agora mostra os objetos que 47 carrega em forma circular, mostrando uma imagem 3D deles. 


Menu de itens


Mas a maior importância dessa mudança é que decidir qual item você deve pegar, o tempo no jogo para. Então caso tenha algum momento que precise puxar rápido um item, terá tido o tempo do mundo.


A velocidade do modo furtivo deixou der uma droga. Obrigado a pessoa responsável, você é meu herói.


Os anestésicos foram substituídos por uma injeção de sedativos. Torna mais prático aplicar, apesar de você agora não ter controle nenhum no tempo que a vítima vai ficar desmaiada. O efeito continua temporária.


Inimigos não são tão hostis quanto no Hitman 2. Se você correr ou ficar próximo de um guarda, eles não vão ficar no nível máximo de suspeito ou atirar em você. Geralmente o alerta ficará baixo ou médio. O único momento que eu senti que os guardas foram  hostis no nível de Hitman 2 foi na missão Bjarkhov Bomb quando tentava pegar as bombas. As vezes eu com o mesmo disfarce conseguia passar com eles com o alerta apenas estando elevado e outras eles simplesmente começavam a atirar em mim, e eu juro que eu fazia todas essas tentativas da mesma forma.


Mas no geral é bem justa, eles ainda te sacanearam sem dor por fazer coisa errada, mas ao menos não te tornam num queijo suíço por cometer o grave crime de correr ou chegar perto. Considero o estado de alerta de Contracts o ideal. A IA de Blood Money geralmente é muito aceitável com suas cagadas, chegando até a ver você tentando arrombar uma porta e apenas ficando no alerta amarelo como resposta.


47 voltou a saltar entre varandas como ele podia no primeiro jogo. 


Ele leva snipers na maleta, porque honestamente era estúpido pra caralho um assassino profissional precisar usar uma sniper e não poder guardá-la (olhando pra St. Petersburg Stakeout).


Quando a vida de 47 acaba, o jogo vira em câmera lenta, e se você conseguir matar todos os homens que estão atirando em você,  47 recupera um pouco de vida e consegue sobreviver. É uma novidade estranha pra um jogo que espera furtividade do jogador, principalmente quando todas as missões podem ser realizadas sem chamar a atenção em Contracts, mas parece "legal", então tá valendo.


Conseguir o rank de assassino silencioso agora garante uma arma nova para 47 em todas as missões. Em Hitman 2, só se conseguia três armas, e dependia de quantas vezes você conseguia o rank. Pra conseguir todas as armas agora você precisa conseguir o melhor rank em todas as missões. É uma boa forma de tentar fazer o jogador tentar conseguir jogar bem o jogo inteiro.


Essas foram as principais mudanças e novidades nas mecânicas. Como disse, não são muitas, mas eu considero que tornam esse jogo menos irritante que seu antecessor.


Passando para as missões, já se deve ser mencionado o maior problema pra muitas pessoas.


Lembram que Hitman 2 tinha umas 20 missões, 21 se contar a introdução? Pois é,  Contracts tem apenas 12 missões no total.


Yeah... O jogo tem bem menos conteúdo, e o próprio menu de missões é estranho, parece tanto que ele deveria ocupar mais espaço na tela. Isso me faz acreditar que o jogo deveria ter bem mais conteúdo que acabou tendo. Em defesa a Contracts, tirando a primeira missão no asilo, todas as outras são missões pra se matar um alvo. Sem missão de ir de ponto A para o ponto B como Hidden Valley. Aqui é a parte boa sempre.


Agora começa a parte que descrevo cada missão. E apesar de 12 missões ser uma merda pro jogador, facilita pra burro meu trabalho. 


Agora entendo porque jornalista game são como são... maldição!!!


A primeira missão é Asylum Aftermath. Ele é de certa forma um epílogo da missão final de Codename 47. 47 já matou quem queira e agora precisa sair do lugar. A primeira zona, o laboratório, será bem simples, tem uns pacientes que não lhe falam mal e muitas pessoas mortas, além de umas bizarrices esperadas de um laboratório que realizava experiências genéticas.  A segunda parte que agora se passa na parte superior do estabelecimento, que realmente parece um asilo, começa o desafio. A polícia está invadindo o lugar, e tem vários esquadrões de polícias procurando por você em várias salas, enquanto tem policiais vigiando a saída. Essa missão é relativamente linear e pode ser complicada pra uma primeira missão, gosto da ideia de estar escapando de um lugar sendo invadido, mas eu considero que Anathema, de Hitman 2, fez um trabalho melhor de introduzir o formato do jogo.


The Meat Kings Party. 47 precisa se infiltrar numa festa, matar dois alvos, e encontrar uma jovem perdida. Essa missão faz um trabalho melhor de mostrar como o jogo funciona. O jogo até já lhe entrega um homem desmaiado no início possuindo um disfarce que lhe permite entrar na cozinha, que oferece uma boa forma pra matar um dos alvos. 


The Bjarkhov Bomb. 47 foi a Sibéria numa base de produção de bombas. Lá ele deve matar uma pessoa buscando adquirir bombas e outra responsável pelo fornecimento e produção, além de explodir um submarino. Essa missão apesar de não ter só uma forma de fazer ela, ela tem uma firma que é muito superior as outras, matando todo o ponto de matar a outra. Ela também tem uma IA bizzara, tem a parte de já ter pego as bombas que mencionei antes, tem vezes que quando tava próximo de chegar no avião um guarda começava a atirar em mim sem eu entender o porquê, os alertas as vezes vem as vezes não. Essa missão é irritante e pouco interessante.


Beldingford Manor. 47 deve se infiltrar numa mansão, matar dois alvos e libertar um homem. Muitos jogadores consideram essa a melhor missão desse jogo, alguns até a melhor missão da franquia. É tudo isso? Eu não acho, mas é uma excelente missão de qualquer forma. As formas de matar são legais, ser furtivo não é irritante e as rotas dos guardas é bem clara pra não confundir, interações com o cenário com boas formas de distrair as pessoas, e eu particularmente gosto do jeito "nobres ingleses vivendo ao estilo do século 19" que essa missão passa. A única coisa que reclamaria nessa missão é as vezes tem guardas numas posições questionáveis que você não vai perceber, mas eles vão perceber você. Como o que fica na parte de cima do celeiro.


Rendezvous in Rotterdam. 47 tem que infiltrar num estabelecimento lotado de uma gangue de motoqueiros, matar dois alvos e adquirir fotos. Matar um dos alvos é conseguir as fotos é ridiculamente fácil se conseguir o disfarce do negociante no início da missão, chega a ser anti climático. O segundo alvo é mais interessante, pois você pode tentar conseguir um disfarce ou tentar chegar nele de forma furtiva, as duas formas tem prós e contras. É uma missão decente.


A partir daqui será remake de missões do Hitman Codename 47.


Deadly Cargo. O alvo é Arkadij Jegorov,  e se vocês lembram da minha avaliação de Hitman 2, vocês também devem lembrar quem é o irmão dele. Vai ter uma ação policial para capturar Arkadij, e ele estará em posse de uma bomba que pode mandar a todos pelos ares. No jogo original, você também precisava desarmar a bomba, o que foi tirado desse remake. Tem uma boa variedade de formas de invadir o navio em que Arkadij está presente, tem possibilidades interessantes com quem usa sniper, e um detalhe legal que eu gosto é que se você fica com o detonador empunho ninguém ouça atirar em você. Essa missão é legal.


Traditions of the Trade. Se passa num hotel, são dois alvos e você precisa pegar uma bomba (esse jogo tem alguma coisa com bombas). Apesar de ter dito que as missões que foram refeitas para Contracts apenas eram superficiais nas mudanças do tom. Essa missão realmente cria um tom diferente pro hotel, no jogo original era um hotel de luxo normal, o de Contracts parece que esconde segredos sombrios, e realmente esconde. Teve um assassinato em um dos quartos, tem polícia em todo canto, e tem até a um fantasma!!! (que o 47 pode matar!!!!!!). As formas de matar são variadas o bastante, apesar de muito desse lugar não ter muito propósito, e envolve um processo de espera um caminho irritante.


Slaying a Dragon. E começa as missões em Hong Kong. É bizarro que as missões iniciais de Codename 47 se tornaram as últimas nesse jogo, e isso explica porque comparado a certas missões anteriores, essas são bem chinfringas, apesar de terem tornado elas mais complexas. 47 deve matar um alvo e evitar a morte de outro. Algumas formas de matar são tão chatas e outras tão simples, que não existe muito ponto pra mim em explorar todas. E comparado as anteriores, essa acaba sendo bem simples, imagine Kirov Park Meeting do Hitman 2, mas na missão 14 ao invés de 3, é por aí. 



The Wang Fou Incident. Tem sete alvos pra matar, por sorte a forma mais eficaz de matar eles envolve matar todos. 3u nunca tive tanto problema com a IA num jogo dessa franquia quanto nessa, por algum motivo nem todos os alvos voltam pra limosine, e ficando em modo furtivo faz os alvos te seguirem pra qualquer lugar que tu queira sem muita dificuldade, quebrando a missão.


The Seafood Massacre. No Hitman original essa cena era uma referência ao primeiro Poderoso Chefão, especificamente a cena que o Michael tira uma pistola da privada e atira em outras duas pessoas num restaurante. Essa versão possui mais variedades de pegar os alvos, e é a única que o jogo usa a lógica "gente que trabalha com certo personagem vão identificar que você não é quem é", meio tosco isso, mas ao menos tem aviso. Tem que matar o chefe da polícia e matar dois líderes  de máfia,  colocando a culpa das mortes em um desses chefes, escondendo o cadáver dele e colocando um medalhão representando seu grupo junto do cadáver das outras vítimas. É melhor que as outras duas missões de Hong Kong.


Lee Hong Assassination. Essa missão era complicada mesmo no Codenam 47 original, e geralmente era a missão que separava quem ia longe ou não naquele jogo. É uma missão extensa, envolve bastante cautela, disfarces, observação, e até um fator randômico. Você deve matar Lee Hong e roubar uma estátua de Jade, a questão é que nenhum dos dois é tarefa fácil. A estátua pode estar em qualquer um dos três cofres na área, e para saber a localização exata é preciso liberar, o bom e atrapalhado, agente Smith, que lhe dará a posição exata, e sua combinação estará em posse de Lee Hong. Matar Lee Hong envolve passar por uma rota lotada de guardas, um guarda costas que ficará perto e inclusive até provará a comida de seu chefe antes do mesmo come-la, e o desgraçado ainda possui uma espada com veneno mortal na ponta. Você também pode salvar Lei Ling (a garota de Shogun Showdown em Hitman 2), que por algum motivo o nome foi alterado pra Mei Ling aqui. Não é necessário salvar ela, pois tudo que ela irá dizer é a localização do agente Smith que não é difícil de encontrar por conta própria, mas caso tu queira salvar uma garota sendo explorada sexualmente... essa missão cria uma boa pressão e diferente das outras de Hong Kong, esse realmente combina com uma missão perto do final do jogo. Meus problemas é a IA que também pode ser manipulada facilmente pra quebrar a missão e o fato de utilizarem o mesmo mala de The Wang Fou Incident. Você visita áreas que não foi antes, mas ainda é porco ter que ir pro mesmo lugar que eu já estive a apenas duas missões atrás.


Hunter and Hunted. 47 finalmente se recuperou dos ferimentos, e a polícia tá com o hotel todo cercado. Ele precisa sair de lá e matar o inspetor Fournier no processo. Eu gosto da vibe de tentar escapar de uma situação desesperadora como essa, mas essa missão é muita tentativa e erro pra meu gosto, e as formas de chegar no alvo não são as melhores que poderiam ser. Ainda considero uma evolução em relação as missões finais anteriores porque ao menos não é um tiroteio forçado. Então yeah...


Apesar da menor quantia de missões, considero que ocorreu uma boa evolução nelas. Mais variedades para concluí-las, com algumas tendo temáticas bem interessantes ao mesmo tempo. A IA não te fode de forma brutal como no jogo anterior, mesmo ainda cometendo seus deslizes. Ser furtivo é muito mais prazeroso, não apenas pelo 47 não ser tão lento, mas também pelo jogo ter feito um trabalho melhor em projetar rotas que tornem ela útil sem ser irritante e permitir que você cumpra muitas missões sem precisar de disfarce. Sem missão que vai precisar envolver tiroteio ou vários alertas, todas vão permitir um espaço pra matar o alvo sem o resto perceber.


Quem afirma que esse jogo não trouxe nada é louco. Até concordo que não trouxe tantas novidades e não possui muito conteúdo, mas prefiro bom conteúdo mesmo que em menor quantidade, do que o contrário.


JESPER KYD ATACA NOVAMENTE


Esse jogo me mostrou bem o porquê de Jesper Kid ser amado pelos fãs. 


Hitman 2 possuía uma trilha sonora mais energética, toda instrumentação e com aquele tom de "olha o fodão sendo fodão". Hitman Contracts é o oposto disso, a trilha é tensa, melancólica e bem mais lenta no geral, encaixando muito bem com o tom do jogo. E eu sempre fico impressionado quando alguém faz um trabalho bom em algo e depois consegue fazer outro trabalho bem feito com um estilo musical completamente diferente. Jesper Kid poderia ter cagado tudo com essa mudança, mas fez o oposto.


A trilha sonora não é tão presente aqui, o que fortalece o clima mais sombrio que o jogo passa. Tem algumas músicas de rock licenciadas na missão dos motoqueiros, e ela é com certeza uma música de rock, e também pelo que parece isso gerou problema para lançar esse jogo na Steam. E nem é lá tão boa assim pra ter justificado essa situação.


A dublagem dks secundários agora é decente. Ainda não é maravilhosa, mas não chega a ser tão ruim ao ponto de ser cômico como as de vários  NPC's do Hitman 2. A pronúncia de palavras de línguas que não sejam a inglesa ainda é horrenda em contra partida.


CONCLUSÃO 


Hitman Contracts é um jogo ignorado na franquia, e que não possui a melhor das avaliações. Ter saído entre dois jogos que tiveram um grande impacto na franquia, além de ser um remake de um jogo que na época não era antigo, são as principais justificativas.


Ainda sim, eu não concordo que o jogo tenha sido um trabalho meia boca pra arrancar grana dos jogadores. Ao menos não completamente. 


Como eu disse na minha avaliação, teve vários elementos que eu curti enquanto jogava esse jogo. Sua atmosfera e suas melhorias em relação ao design das missões, e como a IA se comporta foram os principais.


Blood Money ou um dos novos jogos da trilogia nova ainda são melhores jogos para iniciar na franquia, eles oferecem mais recursos e melhores e mais variadas formas de atingir os objetivos. 


Contracts, apesar que de forma humilde, ele finalmente coloca a franquia para o que ela sempre deveria ter sido, matar o alvo de uma forma criativa, encontrar uma meio de chegar até ele, e encontrar itens ou interações no ambiente que permitam o acesso ou a morte dele. 


Fico muito feliz de ter jogado esse jogo, e ele mostra bem como a franquia conseguiu chegar em Blood Money pra inicio de conversa. 


Talvez se tivesse recebido mais tempo de produção, mais missões, novas mecânicas, correções, poderia ter sido uma excelente experiência e provavelmente estaria recebendo mais carinho pelo seu trabalho. Infelizmente essa não foi a forma que a história seguiu. 


Ao menos tem sua própria fan base que respeita bastante o que ele tenta ser.


Nota: 7.9


Obrigado a todos que leram esse artigo, ainda pretendo avaliar mais jogos da franquia Hitman do futuro (Sonic também pra quem se importa). 


E que tenham uma ótima semana. Valeu!



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